A guerra de nervos

Eu sou perita em achar as soluções dos problemas quando eu sou um terceiro elemento vendo a situação de fora. Sempre fui procurada para desabafos intensos e fico feliz por isso. Sempre consegui deixar as pessoas mais aliviadas, ou simplesmente não deixar a peteca delas cair. Sou uma perfeita psicóloga, apesar de não ter me formado para tal.

Sim, sou esse tipo de doutora na vida; aquele tipo de pessoa que encontra a solução para os outros, mas não a encontra pra si mesma. Diante de fatos em que eu sou a primeira pessoa... ou a segunda, que seja... me perco em meus pensamentos e não consigo encontrar a solução que acho fácil quando se trata de outros elementos que fazem parte da minha vida, mas não do meu momento.

E quando eu me deparo com tais situações, percebo que me enganei diversas vezes em uma de minhas “consultas” ao dizer que as coisas só dependem da gente... infelizmente não é assim.

Sim, depende da gente ter paciência (dita cuja que não tenho), mas isso não quer dizer que a solução chegou – ela pode vir à cavalo! E de uma coisa que me orgulho é que nunca corro dos obstáculos – geralmente são eles quem correm de mim!

Apesar de ser impaciente, sei lidar com isso. E a fórmula que arranjei para curar essa doença até que é uma coisa boa... Gosto de resolver as coisas na hora – esse negócio de deixar para depois não tá com nada! Levar em banho maria parece que piora ainda mais a situação. Principalmente para uma pessoa ansiosa como eu. E por mais que eu tente ocupar minha cabeça com outras coisas, não adianta, a minha vida pára quando não resolvo algo pendente!

Quando o problema envolve um homem, aí é que a coisa aperta! Porque mulher adora resolver as coisas, e homem adora fugir delas...Imaginem a guerra de nervos!? O que fazemos? Mandamos às favas? Nos vangloriamos de ter ao menos tentado?

Possivelmente a resposta para possíveis dilemas eu posso encontrar deitando em meu divã e conversando com meus pacientes...

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