Nos dias de hoje, é fácil se chamar Mulher...
Algumas décadas fizeram bem a nossa pele. Sem contar que salvamos a pele dos homens em muitas questões, assumindo a tal da liberdade e independência.
Ser feminista deixou de ser política, agora é frescura para algumas criaturas que ainda estão perdidas no tempo ou a frente de qualquer tempo para fazer piada... Dizer que temos direitos iguais é fato. Aprendemos que a palavra poder é um objeto de uso pessoal, exclusivo para quem sabe conquistar – diferente de outras épocas, a qual o sujeito masculino era advérbio deste verbo - Poder. Até entendemos que homens precisam ficar solteiros!
Preconceito e Machismo são sinônimos, é ilusão acreditar em possível extermínio. O que está impregnado como praga na verdade, é a perpétua exclusão. Mesmo parindo todas as nossas responsabilidades, estamos a margem de alguns princípios.
Ser mãe zelosa, profissional gabaritada, mulher fogosa e amante da família, continuará a ser expectativa, motivo de méritos e merecimentos para algum homem bater no peito e te ver como mulher de verdade... Eu quero bater nos dois peitos e me orgulhar de ser outra coisa além da Deusa de satisfação do homem. Quero ser Plena e Absoluta!
Mulher de verdade abusa da dualidade. Ela pode se calar ou escandalizar, sabe fraquejar ou franquear emoções. É esperta ou espectra, tem paciência ou pestilência. É capaz de tudo pelo teu mundo. Seja ela passiva ou ativa... Uma mulher Plena e Absoluta, é algo mais por dentro, como ser plena na arte de sensibilizar e ao mesmo tempo fazer chover, lágrimas de dor se necessário for. É absoluta quando se impõe, luta.
Nossos instintos reprimidos, neste presente, são ideais consumáveis. Somos consumidoras assumidas porque pagamos pelas escolhas! Foi-se o tempo que homem pensava que pensão é a servidão da obrigação por um filho, provamos que depender de nós mesmas faz do sexo macho mais escravo que homem, menos pai que progenitor. O pleito de paternidade pode ser questão de homossexualidade, porque além de mãe, pai também, algumas hão de ser. E quem julga a maternidade de dois gays?
Sexualmente falando, libertamos os medos, descobrimos intimamente quem somos. Usa-se o homem da melhor forma, como eles que nos usam de forma melhorada! Satisfação deixou de ser um problema para ser múltiplos prazeres... Fazer amor e trepar são sinônimos, mass ao contrário do preconceito e machismo, não é ilusão acreditar em possível extermínio. Há quem faça amor boicotando o sexo e quem trepa ou transa, estuprando o sentido de se dar por amor! – Culpa da mulher que finge para gozar? -O fim de tudo é a omissão e submissão.
Submissão é opção ou tradição, não mais uma condição, uma tarja que define que tipo de mulher você deve ser. Infelizmente existe a necessidade... e suas consequências. A realidade condiciona mulheres e situações. Por isso mais uma vez, admiro os exemplos, de mulheres fragilizadas que perpetuam na memória feminina como troféu de forças.
Uso salto alto, vaidade é questão de bom gosto, saúde, inveja... Cuido da minhas idéias, pensamentos e medos. Mulher Plena e Absoluta é uma criatura que emana provocação e renovação, incentiva e não enfeita a feminilidade. Engravida, por uma vida gratificante, que gera homens em prol do amor fraterno e não materno... Faz do amor-próprio o amor de todos que a merecem!
Postar um comentário