... Fiz o que o “mestre dos magos” me disse... Apenas admirei.
Admirei nossos corpos dormindo juntos, ainda eletrocutados pelo prazer. Admirei a conversa sem pudor, tão sem pudor que nas melhores conversas ainda estávamos pelados... Admirei o café da manhã no pequeno palacete–mármore-dourado – de vista cativa e privilegiada para o mar da cidade maravilhosa, admirei ficar em cúmplice silêncio, sentados na areia da praia do Recreio, admirei todos os risos seguidos de elogios e revelações – embaixo da árvore cheia de fitas do Bomfim, lá na lagoa Rodrigo de Freitas...
Admirei o passeio turístico pela orla, enquanto na verdade o melhor de se ver estava em nossos olhares... Admirei a Barra da Tijuca, com você e suas histórias de interiorano nada carioca, admirei o morro da Gávea se despedindo das primeiras 24 horas.
Admirei tanto que me pareceu relativa a realidade. Tive a exata sensação de que um sonho tinha mais verdade que minha vida, e a vida menos encanto que as nossas vontades. Admirei tudo até faltar o fôlego, até ser intensamente feliz mesmo sem razão para refletir.
Fiz o que a frase dita profetizava – “Admire incansavelmente apenas o que se tem”... e antes de acabar o nosso tempo, já tinha descoberto a relatividade das coisas. E para agradar a lei da atração e dar mérito a Einstein, deixamos a relatividade nos atrair, sem pretensão de saber algum feliz ou infeliz fim...
( C O N T I N U A)!
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