Chegando em casa, a única coisa que tinha em minha mente era a minha cama aquecida, e que iria me consolar durante uma noite longa. As horas passavam e eu não pegava no sono de jeito nenhum, inerte em pensamentos, em dúvidas que não dava uma trégua nem por segundos.O sol da manhã já batia na janela do meu quarto... logo adormeci!
Acordei com uma tremenda dor de cabeça. Estava com a boca e o coração amargo. O amargo da boca eu pude tirar com pasta de dentes, já o amargo do meu coração talvez levaria tempo pra varrer ele dali. Eu estava surpresa com a minha atitude. Nunca fui de me importar com caras, sempre os usei apenas como objeto, ou escravizava os que realmente me amaram... Já dizia o velho ditado 'aqui se faz, aqui se paga', e lá estava eu, estática, com olheiras, pagando pelos meus malditos atos!
Talvez aquela cartomante estivesse mesmo certa, eu não tenho sorte pra falar, nunca tive. Sempre fui acostumada a não gostar, a me satisfazer com uma noite de sexo, sem me apegar, porque no outro dia talvez estaria viajando pra promover desfile do outro lado do mundo. Talvez minha hora tenha chegado, a hora da solidão... sempre chega a hora da solidão! Foi quando percebi que Luque era tudo o que me faltava, ou não.
Resolvi me acalmar e esperar uma possível ligação de Luque, ou quem sabe uma mensagem pra se explicar, não sei.
E mais uma vez peguei no sono por quase 4 horas... e só acordei porque o celular começou a vibrar no criado mudo, com o visor mostrando aquele por quem esperava a ligação...
...continua...
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