parte 8 - Sempre Boris!



Domingo, três da tarde. Uma espreguiçada bem caprichada antes de levantar da cama. Minhas costas doíam. Por mais confortável que fosse a cadeira da escrivaninha, passei horas demais em frente ao computador.

Já tinha perdido o horário do café e do almoço, então resolvi comer um lanche e passear com Boris no parque. Apesar de gostar de bagunça, pessoas, música e bebida, tinha dias que eu precisava de um “momento preguiça”.

Boris estava eufórico! Fazia tempo que não tínhamos nosso momento juntos! Não sei se era a minha preguiça ou ele que estava com energia demais! Por mais que eu arremessasse longe a sua bolinha, lá ia ele com todo gás pegá-la e me entregar pra que eu arremessasse novamente. Mas Boris me surpreendeu quando foi buscar a bolinha nos pés de um rapaz simpático do outro lado do gramado...

Não acreditei que era ele! Ele nem mora lá perto!

Boris ainda o entretia quando eu me aproximei. E me encantei mais ainda ao ver aquele enorme sorriso nascer em seu rosto quando ele reparou que eu também estava lá.

Ficamos durante um tempão olhando um nos olhos do outro... ambos com cara de bobos! Boris sentou ao meu lado como quem quisesse assistir e não protagonizar a situação. E mais uma vez parecia que o tempo tinha parado.

Passeamos um pouco com meu doce e arteiro cãozinho e decidimos deixá-lo em casa para conversarmos tranquilamente. Ficamos ali, conversando em uma frutaria e, por mais que tivéssemos passado a madrugada inteira trocando confidências, o que não nos faltava era assunto!

Já estava quase anoitecendo quando demos nossa última volta pelo parque. A lua estava linda e sentamos em um banco perto de um pessoal que estava apresentando um sarau. Fomos interrompidos por um mímico que se aproximou me entregando uma mini rosa e estendendo a mão para ele dar uma moeda... entreguei a ele o “presente” e pedi para que fosse entregue à mim, já que ele quem tinha comprado.

Um silêncio ajudou as borboletinhas de meu estômago dançarem uma valsa! Nos olhamos tão intensamente antes dele colocar a rosa em meu cabelo que me senti levitando por alguns segundos. Novamente aquele beijo foi dado, - o qual eu só acreditava que acontecia em filmes - de uma sensibilidade tão doce que me surpreendia cada vez mais. Era isso que eu precisava: ser surpreendida! E ele fazia isso com total naturalidade. Aqueles olhos me traziam tanta paz, tanto sentimento! Como se fosse uma busca por um lugar confortável, algo novo e seguro. O toque em meu rosto era com total respeito – coisa que eu tinha esquecido que os homens sabiam fazer, além de nos desejar como uma bisteca de porco.

Eu conseguia acreditar nele! Nunca senti tanta sinceridade em um toque e em um olhar. Ele era diferente de todos que conheci – tive até medo de ser uma ilusão criada em minha cabeça. Era um sonho...Tuka estava levitando feito criança...

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