Depois de quatro meses e 3 dias, eu percebi que só o trabalho não era suficiente e nunca será pra mim. Ainda sim haviam espaços vagos, entre tempo, espaço e pessoas...
Ultimamente eu ouvia mais que falava, dormia mais do que sonhava, sem perceber que o tempo passava depressa demais.
Mais uma vez estava metida da cabeça aos pés em uma paixão pra lá de complicada. Não havia só sujeito ativo e passivo, e sim a 3ª pessoa.
Era mais que comum, eu realmente devia estar adaptada a lidar com esse tipo de situação, a qual eu deixava de ser a protagonista e ia direto para o segundo plano. Mas como todo ser humano, não me contentava em errar uma vez só e precisava ouvir coisas que não queria pra realmente perceber que EU estava errada, mais uma vez.
Mas na realidade, dessa vez não estava tão abalada quanto pensava que ficaria, eu realmente estava esperando a minha vez, de lado, como uma pessoa na plateia... dentre as outras milhões que aguardavam com tanta expectativa.
Eu concordo que ocupar os pensamentos dele era excitante do meu ponto de vista egoísta.
E toda aquela calma que ele carrega no olhar, aquele desdém, ele era indecifrável...
Era difícil entender o que estava por trás de tantas barreiras. Era difícil enxergar amor, desejo ou qualquer outro sentimento, que vinha da parte dele.
Entre todas as dúvidas havia uma só certeza: a nossa distância. Ela estava próxima demais.
Miss Rosaly
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