Sabe quando a gente faz uma terapia com o espelho, e de repente chega a conclusão de que você não vale nada, mas ainda gosta de você? É sábio afirmar que de vez em quando vamos deixando as situações correrem soltas, ou pularem a cerca, com o falso intuito de achar que estamos de encontro ao tempo certo. Sendo que na real, estamos repetindo alguns erros, outros deslizes e de novo, caindo nas graças, quer dizer, nas garras do passado...
Com esta falta de sapiência, boicotamos um presente promissor, sem notar que nossas atitudes estão redundantes. O fato é que alguma parte importante dos nossos objetivos se perderam, ou o excesso de pretensões com o próximo ainda é mais interessante, ou depositar suas crenças em mesmices que a sociedade prega como salmo para sua vida, ou ainda, ter muito porquês por aí dando sopa para o ócio... Existem fases que temos conclusões nada agradáveis sobre nossas ações e vou tentar listar algumas clássicas, do que a gente não deveria fazer sendo mulher, ser humano e afins, mas faz!
1) Achar que tudo tem um eixo imaginário
Pensar que um belo dia, tudo vai estar no lugar certo, ou vai acontecer na hora X, ou que um dia todas suas metas serão conquistadas... é o mesmo que usar o GPS para achar o seu mapa astral. E na verdade, a satisfação fica saturada logo que chegamos onde queríamos e lá vamos nós buscar outro eixo imaginário para não se sentir insatisfeita com o quase sobre tudo. Achar que um dia tudo será perfeito é lenda. O que realmente fazemos é traçar um eixo do qual tudo que queremos se alinhe, esquecendo que tomar atitudes, ainda é a melhor que há. Quem sabe no dia que inventarem a varinha de condão, faça sentido pensar assim né?
2) A culpa é da Rita, quer dizer, de todo mundo!
Quantas vezes, uma raiva enorme por não conseguir resolver algo, faz com que automaticamente culpamos um mundo inteiro de gente, de situações não ocasionadas por você porque afinal de contas, você é vítima, e de repente, seus problemas são maiores que você e quanto dramalhão... Se seus passos estão fora do caminho que traçou, é assim que começa a se tocar que está errada. Porém, antes de pensar em traçar o plano B, tem gente que fica martelando a culpa na Rita, quer dizer, em todo mundo!
3) Voltar com Ex
Essa é campeã de audiência nos corações aflitos, desenganados, desesperados na verdade. Voltar atrás é um termo que precisa muito, mas muito mesmo de atenção, racionalidade, porque as estatísticas continuam exatas quando o assunto é relacionamentos. Não sei quantos por cento, ainda acredita que o Ex é melhor remédio que o tempo e dá-lhe vodka com tequila para embriagar as emoções e de novo, se enganar para depois dizer que não sabe como isso aconteceu... Não é fácil perceber quando estamos carente mais de razão do que de sentimentalismo. Cuidar do futuro é difícil? E por acaso fazer faxina no passado não é pior?
4) Confundir Prazer com Felicidade
Quando você quer preservar suas escolhas, não confunda estes dois. O óbvio está no percurso natural entre ser homem e mulher. A Era é outra, mas muitos princípios de vida ainda são machistas e feministas. Tem dias que queremos um amor pra vida inteiro e no outro, uma vida inteira de prazer. Quem nunca se confundiu quando escolheu uma noite sem compromisso e acordou pensando em fazer o café da manhã com o bofe bafo do lado? Não é pecado amiga, pecado mesmo é ficar toda enrolada com todas as suas opções de prazer ou de felicidade...
5) Condicionamento Eterno
Buscar o caminho mais fácil é o que o lado esquerdo do cérebro faz se você não põe os dois lados para conversar. Toda vez que abraçamos o que parece impossível, o que fazemos? Condicionamos nossos deveres ou direitos a outro que já deu certo. Tudo isso para não falhar, não se frustrar, poupar tempo, sofrimento, conselho de sétimo dia... Porque não peitamos os fatos como estão e arregaçamos as mangas para mudar o que for preciso? A eternidade é um poço, as vezes cheio de coisas medíocres, então cadê a força dos seus argumentos para para de achar que não vale nada?
É preciso ficar só, seja com o presente ou futuro. É preciso só de você com o mundo para chegar a um senso comum, esqueça os outros por um período indeterminado. Independa da opinião alheia de vez em quando, pare de colher suas verdades no poço das lamúrias e vá colher esperanças naquele horizonte chamado pensamentos... Mas nunca deixe de fazer a terapia do espelho. Finalmente irá se perguntar: ESPELHO, ESPELHO MEU, EXISTE ALGUÉM MAIS QUE EU? - A resposta, só você precisa saber, ok? Beijos!
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