"Só vai levar dez minuntos" - Fala do Estuprador |
Certos assuntos simplesmente fogem do controle moral. O Estupro é um ato causador de transtornos, de vários tipos e inibidor de opinião que mude drasticamente o comportamento social. Pra começar um papo reto, é preciso revelar números, como por exemplo a certeza de que o Rio de Janeiro libera historicamente a incidência de violência sexual. O aumento constatado é de 56% este ano, e dentro da estatística, o horror dessa verdade - Crianças com menos de 14 anos são as maiores vítimas.
Opinião minha: Um país, cuja cultura em parte do Nordeste, que o pai, tem o direito "moral" de desvirginar a própria filha, antes que ela se entregue a outro homem, ou que quando uma menina é estuprada, e denuncia para mãe e esta se faz de vítima e culpa descaradamente a filha de seduzir o estuprador-parceiro e muitas vezes escolhe o criminoso e expulsa a própria filha de casa... Ou ainda, um país que expõe este problema como notícia, como fato cheio de números que alimentam uma conta vergonhosa, não tem políticas de combate coerente com a real necessidade de apelo, o que dizer?
Grace Brown, fotógrafa que vive em Nova York, vem reunindo mulheres que sofreram algum tipo de violência, abuso sexual, no qual elas seguram um cartaz, com a reprodução literal de frases que os abusadores disseram a elas, durante o estupro ou abuso.
O Project Unbreakable é uma denúncia remediada, do que poderia ser também o alerta de pré e pós questionamento sobre o assunto. As campanhas nos países fora do Brasil, costumam ter carácter chocante, de soco no estômago, e o que aqui no Brasil é compartilhado a respeito? Estatísticas literalmente numerais, ou Boletins de Ocorrência sem efeito moral algum. Se quer, mal é explicado a uma vítima que foi na delegacia, que é preciso a representação deste B.O posteriormente, para que algo seja veementemente investigado para depois ser feito.
Opinião minha: Um país, cuja cultura em parte do Nordeste, que o pai, tem o direito "moral" de desvirginar a própria filha, antes que ela se entregue a outro homem, ou que quando uma menina é estuprada, e denuncia para mãe e esta se faz de vítima e culpa descaradamente a filha de seduzir o estuprador-parceiro e muitas vezes escolhe o criminoso e expulsa a própria filha de casa... Ou ainda, um país que expõe este problema como notícia, como fato cheio de números que alimentam uma conta vergonhosa, não tem políticas de combate coerente com a real necessidade de apelo, o que dizer?
Grace Brown, fotógrafa que vive em Nova York, vem reunindo mulheres que sofreram algum tipo de violência, abuso sexual, no qual elas seguram um cartaz, com a reprodução literal de frases que os abusadores disseram a elas, durante o estupro ou abuso.
O Project Unbreakable é uma denúncia remediada, do que poderia ser também o alerta de pré e pós questionamento sobre o assunto. As campanhas nos países fora do Brasil, costumam ter carácter chocante, de soco no estômago, e o que aqui no Brasil é compartilhado a respeito? Estatísticas literalmente numerais, ou Boletins de Ocorrência sem efeito moral algum. Se quer, mal é explicado a uma vítima que foi na delegacia, que é preciso a representação deste B.O posteriormente, para que algo seja veementemente investigado para depois ser feito.
"Pare de Fingir que você é um Ser Humano" |
"Seus pais saíram pra jantar, mas eu vou tomar conta de você" |
"Vocé é a criança ruim, não eu" - "Lembre-se, você começou isso" |
"A especialista do ISP ressalta que esse incremento no número de casos pode estar ligado ao fato de mais ocorrências estarem sendo comunicadas pelas vítimas. Segundo ela, a divulgação de campanhas para denunciar esse tipo de crime, associada ao maior conhecimento da Lei Maria da Penha, que pune de forma mais severa agressões a mulheres, e à disseminação de delegacias especializadas, contribuíram para que os casos abusos fossem relatados."
Fonte: Terra Polícia por Cirilo Junior, em 20/05/13 - RJ.
Esta conclusão transcrita, é o fato positivo e paralelo ao abuso e que alerta também o quanto é preciso fortalecer a comunicação do conhecimento de causa, de prevenção, remediação, é essencial o debate político, social, comunitário... E para se chegar às futuras vítimas neste caso, por que não a propaganda transgressora? Por que não investir em informação incisiva? Em nosso país é surreal a quantidade de cultura enrustida, uma pior que a outra em termos de sociabilidade.
Fico fula da vida, quando a conclusão do que estou tentando compartilhar é resumida num pensamento bolha do gênero "Essa questão já está plantada em nossa cultura." - Fico mais fula ainda quando esse ato covarde é denotado como "ato desumano", gente, este mesmo ato foi feito, causado, por um humano! Somente na metáfora esse ser é um monstro, um bicho... E para este ser abusador, as suas vítimas são também monstros, bichos.
Sinceramente cansei de dizer que escrevo textos para alguém refletir. Li um artigo tão chocante quanto o projeto de Grace Brown, e que esclarece absurdamente o que é comum e o que poderia ser decente, o que poderia revolucionar socialmente uma cabeça, uma sentença multiplicada em centenas e finalmente ramificada em cultura, falo sobre o texto de Claudia Regina para o Blog "Papo de Homem" - Como se sente uma Mulher.
Hoje a minha vontade é de apenas mostrar o egoísmo que não compartilho com você, que não se ressente na prática, de falar ou fazer algo diferente a respeito. Estupro existe, pode acontecer comigo ou com você e ninguém, exatamente ninguém saberá dizer como a sua vida será depois disso. Portanto não espero nada, mas to aqui fazendo a minha parte em divulgar, e quem sabe que você lendo, questione a si mesmo, o que tudo isso significa para o meio em que convive. Aliás, para o mundo em que você vive.
Dedico o post de hoje às pessoas que realmente estão na linha de frente para dar um rumo positivo e otimista sobre tudo isso, às vítimas que seguem a vida caladas, com medo e não tem no que ou em quem se apoiar, coragem! - E dedico ao meu primeiro fã Habib. (me encha de orgulho, Leo! diga aí o que pensa a respeito ok?)
Infelizmente o estupro, ou a tentativa dele, é algo que faz parte da vida de 8 a cada 10 meninas. Neste caso, acredito que até meninos entram nos números. E realmente é algo que, em meio ao choque, realmente faz a pessoa acreditar que ao invés de vítima, ela realmente é a culpada do ocorrido. Ou porque não tomou cuidado, ou porque vestiu um decote naquele dia... todas as personagens desse projeto são realmente muito corajosas por 'reviverem', mesmo que de forma leve, o dia que talvez foi o mais trágico de suas vidas.
ResponderExcluiracho que abusei dos 'realmentes' rs
ExcluirHahahah você pode tudo nega. Penso tanta coisa a respeito sabe, mas você disse uma condição que é muito comum entre as vítimas. E com certeza os números são maiores porque tem o lado dos meninos também, enfim, é uma realidade agonizante.
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