O tema que abordarei hoje não é um dos mais palatáveis. Trata-se de um assunto delicado e por vezes polêmico, mas que deve ser visto com respeito. Falarei sobre uma das doenças mais comuns nos dias atuais: o câncer. Há três semanas esta doença bateu à minha porta novamente. Digo novamente, pois meu avô, minha mãe e meu irmão já tiveram câncer e, graças a Deus, estão curados, mas vivem sob observação. Uma das minhas melhores amigas foi diagnosticada com esta enfermidade e agora ela luta para eliminar isso de sua vida.
Embora seja algo silencioso, o câncer não aparece do dia para a noite. Vamos apresentando sintomas que acabamos associando a qualquer outra coisa, como stress ou virose. Também não é uma doença que está intimamente ligada a maus hábitos. Tanto meus familiares quanto esta minha amiga não bebem, não fumam e praticam atividades físicas. Então, o que leva o nosso corpo a se rebelar de tal forma? Algumas pesquisas indicam que a genética é um fator que deve ser considerado para saber se você poderá ou não desenvolver câncer.
Um dos casos mais conhecidos neste quesito foi o da atriz Angelina Jolie. Ela, que já havia perdido a mãe e outras familiares por causa da doença, descobriu por meio de um mapeamento genético que teria grandes chances de desenvolver câncer de mama. Para não correr este risco, a atriz se submeteu a uma mastectomia completa, atitude que gerou bastante polêmica e foi discutido, inclusive por nós, aqui no PhD. Mas é claro que não é apenas a genética que pode nos levar a desenvolver a doença. Qualquer ação em excesso também pode gerar não apenas câncer, como outras enfermidades. Assim, fumar, comer e ingerir bebidas alcoólicas em excesso, costumam trazer mais malefícios do que benefícios à nossa saúde, e cabe a nós conduzir de que maneira queremos viver o nosso futuro.
Como redigi no começo deste artigo, esta doença é como uma sombra em minha vida. No entanto, resolvi fazer com que ela não mais me perseguisse. Parte desta atitude está no presente texto. Ao explicar o que está acontecendo, talvez vocês consigam ficar atentos ao que acontece com vocês e com as pessoas ao seu redor, e, desta maneira, conseguiremos despertar todos para a melhor forma de combater o câncer: a prevenção. Essa minha amiga, por exemplo, estava sentindo alguns desconfortos há quase um ano. Ela é jovem (não tem nem 40 anos!), alimenta-se bem, pratica exercícios físicos, é casada... enfim, não se encaixaria no perfil de um grupo de risco. Ainda assim, ela foi diagnosticada há três semanas com câncer no intestino e no fígado, e tão logo saiu o diagnóstico, ela foi submetida à cirurgia e agora começará a quimioterapia. Em três semanas, sua vida mudou drasticamente e desde então ela luta por um final feliz, o qual eu sinceramente acredito que ela terá.
Esse é um caso próximo, mas no Brasil inteiro temos acesso a informações sobre essa doença. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), espera-se para 2014 a ocorrência de aproximadamente 576 mil casos novos de câncer. O câncer de pele do tipo não melanoma (182 mil casos novos) será o mais incidente na população brasileira, seguido pelos tumores de próstata (69 mil), mama feminina (57 mil), cólon e reto (33 mil), pulmão (27 mil), estômago (20 mil) e colo do útero (15 mil). Sem considerar os casos de câncer de pele não melanoma, estimam-se 204 mil casos novos para o sexo masculino e 191 mil para o feminino. Em homens, os tipos mais incidentes serão, pela ordem, os de próstata, pulmão, cólon e reto, estômago e cavidade oral; e, nas mulheres, os de mama, cólon e reto, colo do útero, pulmão e glândula tireoide.
Para não tomar o susto que ela teve, podemos nos prevenir e de uma maneira bastante simples: exames periódicos. Converse com um clínico geral. Tenho certeza que ele requisitará no mínimo um exame de sangue bastante completo e alguns ultrassons. Se você já teve um caso na família de algum tipo de câncer, solicite um exame para saber se está tudo certo. Como meu irmão e minha mãe tiveram câncer na tireoide, a cada seis meses tenho que fazer um ultrassom do pescoço para saber se estou com algum nódulo. Fugir do problema ou evitar alguns tipos de exame, nem sempre são as melhores alternativas. Por mais invasivo que sejam esses testes, eles sempre são menos preocupantes do que tratamentos como quimioterapia e radioterapia. Cuide-se e cuide de quem está a seu redor. Até a próxima!
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Muito esclarecedor o seu texto, e na minha familia que ja teve 2 casos de cancer infelizmente fatais, dobro minha preocupação, sempre tentando ao maximo fazer check ups semestrais ou anuais.
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