O que os filmes/livros de catástrofes têm em comum? Além de muitas morte e carnificina, uma coisa que se destaca em meio a essas histórias é o surgimento da verdadeira natureza humana. Quando governos são desmantelados, zumbis prevalecem ou a natureza vira toda a sua fúria contra tudo, a palavra sobrevivência vem a tona e é justamente neste momento que conseguimos ver o que há de pior e melhor nos seres humanos.
O post de hoje trata sobre uma série lançada em junho deste ano nos Estados Unidos. The Last Ship, está em sua primeira temporada (e com a segunda já garantida!) no canal TNT e é baseada no livro homônimo, escrito por William Brinkley. A história é bastante simples: um vírus causa uma pandemia que mata mais da metade da população mundial. Em meio a isso, temos um navio da marinha norte-americana que conseguiu escapar (não por um acaso do destino) da pior parte da pandemia, um outro navio desertor da marinha Russa que quer desesperadamente a cura, infectados para todo canto, guerrilhas, romance e Michael Bay como diretor e produtor, o que é garantia de boas explosões e cenas de ação.
A escolha do elenco também ajudou no sucesso da série e conta com nomes como Eric Dane (de Grey's Anatomy) e Rhona Mitra (de The Practice), respectivamente o comandante do navio USS Nathan James (onde se passa grande parte da série) e a virologista responsável para desenvolver uma vacina para o vírus. Mas, então, em que a série se diferencia do que encontramos em The Walking Dead, por exemplo? Simples: trata-se de uma ameaça real. Um vírus como, por exemplo, o ebola se espalhando sem controle por aí, sendo transmitido pelo ar. Não é uma mordida, não são seres irracionais. São pessoas que sabem que estão infectadas e vão morrer. São pessoas que não estão infectadas, que não possuem mais o apoio de seu governo e que têm que lutar pela sua sobrevivência.
Em meio a este ambiente tão hostil, temos os melhores e os piores elementos da natureza humana: amor, compaixão, solidariedade, altruísmo, empatia, mas também temos covardia, violência, abuso de poder, egoísmo. E a série me cativou exatamente porque fica martelando aquela pergunta na minha cabeça: o que eu faria se isso estivesse acontecendo de verdade? Não sei. Não dá para saber até que ponto iríamos para salvar quem amamos. Não é possível saber até que ponto iríamos para salvar a humanidade. Até que ponto iríamos para nos salvar. Assim, fica a dica para quem gosta desse tipo de tema e quer uma coisa nova na TV.
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