Sara Richena: Aquelas coisas que você dizia que não faria quando se tornasse mãe


Antes de me tornar mãe, eu sempre idealizava como seria quando isso fosse acontecer na minha vida. Pra começar, estabeleci aquela meta de namorar, casar e bem depois ter filhos. O que aconteceu? Namorei, tive uma filha e até hoje não me casei! ("marido" pegue aqui a sua indireta). E claro que nesse meio rolava aquelas metas bem loucas de como seria a gravidez, o parto (que não foi como planejei, mas isso é pra outro dia) a criação da criança e tudo mais. E aposto que isso acontece com quase todas as mães nesse mundo, por isso hoje o post é dedicado para você, mamãe que é gente como a gente.

- Nunca, jamais e em hipótese alguma minha filha vai usar chupeta!

Isso vem porque meu pai sempre foi contra, não deixou ninguém de casa usar. Quando minhas sobrinhas nasceram ele fez marcação serrada também. Então eu jurava que seria assim. Pois na primeira noite da Cecília em casa, no meio da madrugada, naquele choro todo eu corri pra pegar a chupeta pra menina. E como é bom a sensação da criança quieta e calma com aquele acessório! rs.


- Não serei aquele tipo de mãe que só fala do bebê!

Até tentava, mas no começo fica difícil, quando percebia estava falando do cocô dela com algum estranho na rua. É mais forte do que a gente imagina, amigas.


- Criança chorando de sono? É desculpa de mãe, nunca irei passar por isso.

Chora, berra, dá escândalos maiores do que eu dei no parto. Primeiro a gente entra em desespero, depois dá a chupeta e faz dormir. Caso não dê certo, está liberado surtar junto.


- Minha filha não vai comer vendo TV e nem comer produtos industrializados!

Sabe quando a criança não quer almoçar/jantar de forma alguma? Você vai colocar ela em frente à TV, você vai liberar aquele suco de caixinha muitas vezes e papinha Nestlé vai ser uma mão na roda em muitas ocasiões.



- Sobremesa só se comer toda a comida e nada de chocolates!

Também entra aquela história de que eles não querem a comida de forma alguma, comem duas colheradas e chega. Pra não deixar o seu rebento passando fome, vai acabar liberando todos os doces possíveis e a bendita sobremesa. E sim, vai se sentir frustrada por isso.


- Ai que nojo essas mães comendo a bolacha babada do filho!

Menina, e não é que eu como mesmo? Tem dias que bolacha babada e o resto do prato de comida deles serão os seus únicos alimentos do dia ou daquela hora.


- Minha filha jamais irá para a creche!

Jamais mesmo! Até o momento em que a pobreza bate a nossa porta e o preço da babá tá um absurdo, fora o fator de confiar em quem por dentro de casa. Sim, minha filha vai para a creche hoje em dia, fazer o que, né?


- Dormir só no berço/cama dela!

Uhun, vai nessa! Na primeira semana eu já coloquei ela comigo na cama, porque levantar toda hora com os pontos tava difícil. Depois vieram os dias frios, aqueles dias em que ela estava doente, aqueles dias que você está com sono e a criança não dorme de forma alguma e aqueles dias em que eu só quero que ela durma praticamente em cima de mim. ´



- Galinha Pintadinha, Xuxa e afins... Minha filha não vai assistir essas coisas!

Só minha filha não mesmo! Assisto junto, canto e danço. Só Patati-Patata que não, porque eu não gosto de palhaço e acho que não sou obrigada a conviver com isso.


- Nunca vou gritar/brigar com ela! Serei a mãe mais legal e serena desse mundo.

Meu amô, quanta lorota, né? Quando vejo já estou fazendo a louca e gritando e me descabelando pela casa. Se alguém tiver a receita para entrar em transe quando eles resolverem tirar o dia para encher o saco, porque sim, filho enche o saco, por favor me conte que preciso dessa receita.


- Minha filha nunca vai fazer birra! E se fizer largo deitada no chão e saio andando.

Sinceramente esse tipo de situação nunca aconteceu comigo. Algumas birras moderadas em público... em casa é que o bicho pega de verdade. Quando isso acontece em público eu faço de tudo pra contornar a situação, tenho PAVOR que ela fique gritando e esperneando no meio de todo mundo. Chupeta, bolacha, sorvete, tudo entra no processo de acalmar o pirralho.



- Não deixarei ninguém estragar a alimentação do meu filho!

Você pode até não deixar, impor regras para a família e conhecidos, mas tenha a absoluta certeza de que quando você der as costas a primeira coisa que vai acontecer é a tia/vó/madrinha/amiga e até mesmo o pai deixar a criança deitar e rolar nas porcalhadas da vida. Depois disso, minha amiga, não tem o que você faça para impedir.


- Minha filha vai me obedecer apenas com um olhar!

Esse é o meu desejo mais profundo! Mas não acontece. Eu olho feio pra Cecília e a única coisa que ela faz é rir da minha cara e me imitar. Espero que quando estiver maior a história mude e ela passe a entender o meu olhar fulminante.


- Um absurdo mãe que cede a chantagem de criança!

Vou contar pra vocês que eu falava isso de boca cheia e hoje em dia tento me segurar bastante, mas fica difícil resistir aquela carinha fofa pedindo muito alguma coisa. Como também fica difícil depois de um dia tenso no trabalho aguentar gritaria na orelha. A gente sempre acaba cedendo.


Certamente existem mais situações que eu jamais me imaginei passando, mas a memoria da mãe também diminui com o passar do tempo. É aquela velha história: "Serei uma mãe totalmente diferente da minha". Mentira, você vai ter muito da sua mãe na criação dos seus filhos. Claro que com o passar dos tempos a educação acaba mudando de figura, algumas situações que antigamente eram mais rígidas hoje em dia são mais maleáveis, mas no final mãe é tudo igual mesmo.
Vi uma frase hoje e acho que combina perfeitamente com o post: "Maternidade é aquele eterno cuspir para cima e cair na testa". Bêajs, mamães.

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