Há um tempinho a Ju Trinci publicou por aqui medidas que você pode tomar para fugir da tristeza, e uns anos atrás comecei a rascunhar para o PhD, ainda na minha estadia em Manaus, algumas posturas involuntárias que adotei que me faziam mais feliz. Acho que ambos os textos se casam tanto, que decidi terminar esse rascunho para termos o par perfeito aqui no blog.
Há quem diga que tal postura deve-se à maturidade que vai chegando no decorrer dos anos, no assoprar de velas no aniversário, mas eu acredito que isso deve-se às nossas vivências que vão moldando nossa personalidade e caráter. É naquelas escorregadas da vida, no enfiar o dedo na tomada, bater a cara na parede que eu...
Passei a me importar menos com a opinião das pessoas
E isso inclui tudo, desde meus gostos, minhas atitudes, a forma que me visto, que eu penso... tem gente que não dá um passo sem pensar o que vão achar ou falar, e como eu descobri que independentemente do que você fizer, vão falar ou vão pensar... então se não vou prejudicar ninguém com isso, dane-se! Se nem Jesus Cristo agradou todo mundo, porque eu tenho que me preocupar em agradar, não é mesmo?
Me importei menos com a escolha dos outros
Não que eu tenha me tornado uma pessoa fria ou calculista, mas até pouco tempo eu sofria demais com as decisões erradas que as pessoas que eu gosto tomavam, e me envolvia sentimentalmente a fundo nisso. Eu estava errada, porque eu não tenho o direito de interferir na vida de ninguém, afinal de contas, se eu aprendi quebrando a cara, a pessoa também tinha que aprender do jeito dela e no tempo dela. Escolhas erradas fazem parte da nossa trilha, e isso é muito particular.
Passei a aceitar opiniões diferentes da minha
Ninguém precisa pensar como eu muito menos ter os mesmos gostos que eu. Minha vida não vai ser prejudicada porque meu amigo ou meu parente acha que o azul é mais bonito que o amarelo. Então pra que me indispor por isso?
E aprendi a barrar alguém que não aceitava as minhas
Aprendi a aceitar, e também aprendi a não tolerar que tentem mudar a minha opinião. Se eu respeito, também quero ser respeitada. E cortar sutilmente uma discussão calorosa referente à isso, não machuca ninguém. Muito pelo contrário; evita transtornos desnecessários.
Aprendi que não preciso expor minhas opiniões sobre tudo
Isso evita uma fadiga que vocês não fazem ideia! Não preciso postar tudo o que acho no Facebook, ou em uma conversa entre amigos, ou em um grupo de Whatsapp, principalmente porque as pessoas AMAM discutir sobre tudo, principalmente sobre coisas que não vão mudar em nada a vida delas, muito menos a minha. Então ao invés de eu tentar mudar a postura delas, prefiro guardar minha opinião, porque é só pra mim que ela importa mesmo...
Passei a reclamar menos dos problemas
E me limito à um único desabafo sobre o assunto. Se eu passar todos os dias da minha vida reclamando de falta de dinheiro, da crise, do tempo, do céu, da água e do ar, a única coisa que vou ganhar é um mau humor. Então prefiro reclamar menos e fazer mais.
Adotei o "mais leitura, menos mídias sociais"
Me dei conta que quando a gente passa muito tempo em mídias sociais, temos uma avalanche de informações que acabam atordoando a gente, e isso inclui não só notícias (e quando digo notícias em mídias sociais, falo sobre ler a respeito de um mesmo assunto por horas, ou por dias, até mesmo meses), falo também sobre o comportamento das pessoas. Quantas vezes você não se irritou com alguém muito próximo por postar somente o mesmo assunto o tempo todo, ou por reclamar demais de tudo, ou se viu fazendo o mesmo? Como eu trabalho com mídias sociais, o máximo que eu puder ficar longe delas, prefiro. Me limito à usa-las enquanto trabalho mesmo, e uso meu tempo livre para ler sobre coisas que gosto, pesquisar assuntos novos, assistir um filme ou série bacana... qualquer coisa que não me faça ter preguiça social virtual.
Passei a me agradar mais
Houve uma época que eu não tinha tempo e nem dinheiro pra fazer o que eu queria porque eu me importava muito em agradar as pessoas, fazia o que elas queriam o tempo todo, aceitava todos os convites que apareciam, como se elas fossem deixar de gostar de mim, caso eu recusasse algo. E mais uma vez, eu estava errada. E me dei conta disso depois que juntei as escovas de dentes com o boy, que se a gente quisesse conquistar os nossos objetivos, tínhamos que ter FOCO. E que precisávamos nos agradar muito mais, até mesmo pelo bem do relacionamento. As vezes gostamos demais das pessoas, e elas gostam muito da gente também, de um modo que acabamos não enxergando nossas próprias necessidades pessoais. Então como minha vida é feita de escolhas, tive que aprender a administrar melhor isso, e me agradar mais também.
Ser mais racional e menos impulsiva
Seja em uma discussão, em uma decisão, até mesmo dentro de uma loja cheia de coisas que eu quero comprar. Aliás, passei também a nunca tomar uma decisão de cabeça quente ou no calor do momento, porque é nessas horas que a gente comete aquelas atitudes que nos arrependemos por um bom tempo.
Vivo um dia de cada vez
Acredito que já fiz um post sobre isso, associando essa necessidade à ansiedade que hoje faz parte até da nossa rotina. Temos uma sede por tudo, de conquistar tudo, de cobrar muito de nós mesmos, e esquecemos de viver um dia de cada vez. Se o que está me tirando o sono não poderá ser resolvido as duas da madrugada, porque não dormir? Se dependo de alguém para resolver algo, porque me martirizar? Tenho que esperar! Então ao invés de colocar a carroça na frente dos cavalos, a melhor solução é dar um passo de cada vez, pensar em uma coisa de cada vez, e viver um dia de cada vez.
E no final das contas, a minha conclusão diante de tudo isso é que não preciso de muito para ser feliz. Eu só preciso estar bem comigo mesma, ter calma diante dos problemas e saber resolve-los da melhor maneira possível. O resto é só correr atrás.
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