Maratonar série é comigo mesmo! Na quarentena então, foi uma ótima oportunidade para terminar algumas séries já começadas, assistir temporadas novas lançadas e mergulhar em minisséries bem interessantes. Reuni indicações a seguir para agradar todos os gostos:
Dark - Netflix
“O começo é o fim, e o fim é o começo”
Uma coisa que eu amei em Dark é que é uma série que te tira da zona de conforto. Não é uma novela que te dá tudo de mão beijada ali, mas é uma história que te faz pensar. Por isso que é necessário você prestar atenção em cada detalhe, cada cor de roupa (que indica quem está no caminho da luz, e quem está no caminho da escuridão), cada faixa preta horizontal na tela, cada sujeirinha na pele e cicatriz dos personagens.
Em contrapartida, e para combinar com o paradoxo da série, você não precisa necessariamente ficar se matando pra decorar quem é quem em todas as linhas do tempo - justamente esses detalhes vão te guiando, inclusive a semelhança dos atores que interpretam o mesmo personagem. Não fique se sentindo burro/burra por parecer não entender nada. Você tá entendendo sim, vai conseguir conectar uma coisa na outra, mas talvez não vá conseguir necessariamente explicar alguma coisa rs.
Além do visual, a sonoplastia/trilha sonora dessa série também é impecável. - A música Goodbye, de Apparat (tema de abertura) e A Quiet Life, de Teho Teardo e Blixa Bargeld são minhas preferidas.
Preciso deixar registrado aqui também o quanto virei fã de Louis Hofmann, o Jonas adolescente. Eu fiquei angustiada junto com ele durante toda a jornada!
Enfim, na minha opinião, Dark é a melhor produção que a Netflix investiu o seu dinheiro. Nenhuma história contada é inútil, cada personagem é muito importante e tudo é extremamente amarradinho, sem nenhum fio solto.
The Last Tycoon - Amazon Prime
The Last Tycoon (O Último Magnata) é uma minissérie inspirada no livro de F. Scott Fitzgerald, e antes recebeu uma versão cinematográfica (super antes mesmo, bem antiga) com Robert DeNiro como protagonista.
A história se passa na década de 1930, e mostra a ascensão do primeiro magnata do cinema, Monroe Stahr. O cara é interpretado por Matt Boomer, e ainda conta com Lilly Collins e Kelsey Grammer no elenco.
A fotografia é linda (vintage, claro), quem gosta de cinema vai adorar a história e eu devorei todos os 9 episódios de tanto que amei.
Little Fires Everywhere - Amazon Prime
Pequenos Incêndios Por Toda Parte lembra bastante Big Little Lies, e não é só por causa da participação de Reese Whiterspoon em ambas as séries - a família como tema principal está presente nas duas histórias, e as vezes, até parece que Reese interpreta a mesma personagem (e isso não é um ponto negativo, acredite). Adaptação do livro de Celeste Ng (que li até a metade porque a narrativa não me pegou), a história mostra duas famílias completamente diferentes, que faz a gente perceber que muito do que a nossa sociedade julga como perfeito, na realidade está longe de ser. A série é curtinha, - só tem 8 episódios - e nem dá pra ficar falando muito a respeito pra que eu não corra o risco de dar spoiler. É uma das raras obras que eu gostei mais da adaptação pra filme/série do que do próprio livro.
Kerry Washington e a molecada também arrasam na atuação.
This Is Us - Fox Premium / Amazon Prime
Terminei de assistir This is Us mas fiquei no processo de degustação dos últimos episódios por duas semanas. E conheço donos de corações peludissimos que não conseguiram conter as lágrimas com esta série!
A família Pearson tem esse dom de envolver a gente na história deles. E olha que é uma história simples, daquela que a gente se identifica em inúmeros momentos, seja por uma memória afetiva, ou até mesmo a falta dela. Mas é nessa simplicidade que percebemos o quanto o ser humano pode ser amado ou detestável com um virar de chave. Claro, porque somos humanos imperfeitos e todo mundo, sem exceção, é amável ou odiável em algum momento da vida.
This is Us fala de insegurança, da vontade de ser aceito, de problemas com auto estima, de amor inabalável, de vícios, de superação, e de tantos outros problemas corriqueiros que as vezes negligenciamos ou jogamos pra debaixo do tapete para resolver depois. E nunca resolvemos. Mas que uma hora a vida cobra.
Mas acima de tudo, a série fala principalmente de FAMÍLIA e sobre como um laço pode ser fundamental em qualquer momento da vida.
Confesso que o começo da quarta temporada fez eu desanimar um pouquinho com a dinâmica da série (dinâmica essa que sempre foi o ponto alto em todos os episódios), mas do meio pro final ela voltou a ser uma delicia de assistir.
E claro que chorei horrores.
Se você ainda não assistiu, assista. Você encontrará inúmeras lições de vida! Há 3 temporadas disponíveis no Prime. A quarta temporada infelizmente só tem na Fox Premium
Em Defesa de Jacob - Apple TV
Em Defesa de Jacob é uma minissérie muito bem feita, com história amarradinha e muito bem produzida/dirigida. Chris Evans como pai é meio inédito, mas cumprindo a promessa que daria um mortal carpado na sua carreira depois de Capitão América. O final não é nada previsível e se tiver segunda temporada, não vou achar ruim não.
Peaky Blinders - Netflix
Enrolei pra terminar esta série, porque não queria ficar órfã por tanto tempo até esta pandemia acabar, e finalmente as gravações da sexta temporada possam ser retomadas. Mas posso dizer que essa série é uma das minhas preferidas do mundo!
E sério... se você ainda não viu, não sabe que obra de arte incrível que está perdendo: fotografia, enredo, ambientação, trilha sonora, roteiro, figurino, atores... tudo perfeito. Sem defeitos.
SEM DEFEITOS!
A história se passa nos anos 1920 em Birmingham, quando uma gang de ciganos, aos poucos, vai dominando a cidade. Eles também passam a crescer nos negócios, que envolvem desde apostas com cavalos, lutas a administração de pubs. Espia só o trailer da minha temporada predileta:
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