#phdvisita em Nova York: registros de uma viagem não publicada



Vocês não imaginam o quanto protelei para fazer este post, e nem existe um motivo plausível para isso! Minha viagem à Nova York aconteceu no último dia do ano de 2018 (sim, passei a virada do ano voando), e foi mais um dos destinos dos meus sonhos realizado com sucesso! Quando voltei desta viagem, tinha meio que decidido dar um tempo no blog para organizar mais a minha vida, meus projetos profissionais e tudo mais, logo, tudo ficou ali, dedicado somente ao Instagram (porque você ainda não me segue lá, eu posso saber? @phdemseilaoque).

Quando voltei à ativa por aqui, não queria fazer um mais do mesmo, destacando onde fui, quais os principais pontos turísticos que não devem ficar de fora do seu roteiro ou coisa do tipo, mas como aproveitar cada um desses lugares por uma nova ótica, além de chegar lá e tirar inúmeras fotos.

Nova York é um destino que me surpreendeu de inúmeras maneiras, não só pelos diversos pontos turísticos capazes de agradar todos os tipos de perfis de viajantes, mas também por sua infraestrutura, grandiosidade e ritmo - a ilha pode ser caótica e extremamente agitada para uns, e uma verdadeira obra de arte arquitetônica para outros. O mood da viagem é você quem escolhe.

Ao andar pelas ruas da cidade, me senti livre de verdade: não tive medo de ser assaltada, ali todo mundo anda cada um na sua e não tive dificuldade alguma para chegar em lugar nenhum. O melhor de tudo é que as opções são vastas, seja você um viajante duro que só ou cheio da grana. Como eu fazia parte do primeiro grupo citado, tenha em mente ao ler este post que tudo foi feito dentro de um orçamento apertadinho, mas que não foi um problema para aproveitar ao máximo dentro das minhas condições:

1. Reparei em cada pedacinho da Times Square




Um dos pontos turísticos mais conhecidos e procurados de Manhattan era um local meio que esquecido até meados dos anos 1980, e foi totalmente projetado para movimentar a região, seja atraindo estabelecimentos comerciais para a área ou pelos turistas em busca de seus melhores cliques. A verdade é que se você é um(a) viciado(a) em cinema como eu, lembrará de diversas cenas de inúmeros filmes rodados por ali, enquanto se surpreende com a grandiosidade dos luminosos e telões espalhados por todo o quarteirão, que fazem a noite virar dia. E se o dia estiver bom para compras, você ainda pode aproveitar diversas lojas por lá, como uma gigantesca Forever 21, Disney, Fossil, Levi's, American Eagle, etc.



Mas a verdade é que a Times Square tem muito mais turistas do que moradores. E por ali há muitas pessoas de diferentes nacionalidades, sendo iluminados por aqueles telões imensos. Eu fui em um período muito frio - em pleno inverno americano - e talvez isso tenha deixado tudo mais bonito de se ver - por mais que o dia estivesse cinza, tudo por ali era mais colorido.

Caso você não curta multidões, mas ainda sim deseja conhecer o local, vá com paciência - a Times Square é um ponto turístico bastante disputado. Tem gente querendo tirar fotos do entorno, outras buscando a melhor selfie, e uma galera que até para o trânsito para garantir um clique instagramável. Mas também é lá que você encontra ingressos promocionais da Broadway (atrás da escada luminosa há pontos de venda de todas as peças disponíveis), comidas de rua das mais diversas, e como mencionei antes, lojas bem interessantes.

2. Desbravei sem preguiça o Central Park




Sim, ele é gigantesco e você precisará dedicar umas boas horas para conhecer tudo o que ele tem a oferecer. Como fui no período de inverno, bem pertinho do ano novo, não havia nenhuma atração rolando no parque (no verão acontecem alguns festivais bem legais), somente uma pista de patinação no gelo bem espaçosa, mas ainda sim é possível visitar algumas outras atrações, como o zoológico, um castelo (não dei sorte porque ele estava fechado para reformas), alguns pontos onde foram gravados alguns filmes e séries, entre outras coisinhas. O interessante é você procurar um totem de informações e garantir um mapinha para não se perder e encontrar tudo o que deseja conhecer.






Acredito que o Central Park é um dos pontos turísticos mais frequentados por moradores de Manhattan, já que por lá tem muita gente passeando com os doguinhos, praticando atividades físicas e indo ou voltando do trabalho caminhando. Há também bastante artistas de rua, responsáveis por garantir uma atmosfera deliciosa ao local, e você acaba escutando uma musiquinha marota enquanto conhece essas atrações:
  • Strawberry Fields
  • Alice in Wonderland
  • Bethesda Fountain
  • Bethesda Terrace
  • Bow Bridge
  • Belvedere Castle
  • The Lake
  • Central Park Zoo
  • Sheep Meadow
  • The Pond
  • Conservatory Water
  • Conservatory Garden
  • Reservoir
  • Wollman Rink
  • Carousel

3. Suspirei aos pés da Estátua da Liberdade




Há quem prefira somente fazer um passeio de barco em volta dela, mas eu quis muito conhecer este ícone de pertinho! Fora que a Liberty Island oferece uma das melhores vistas de Manhattan e do Brooklyn, e a tour completa ainda inclui um passeio até a ilha vizinha, a Ellis Island, a antiga porta de entrada dos imigrantes para os Estados Unidos, e que hoje abriga um museu. Mas uma dica de irmã que dou é: se sua viagem está marcada para o inverno, capriche nas roupas quentinhas, porque minha Nossa Senhora dos Viajantes, como venta nesse lugar!




Ah! Para garantir que o seu dia não seja perdido, chegue cedo! Mesmo com ingresso em mãos, você corre o risco de não conseguir embarcar a tempo da última viagem. E falando em ingressos, para não correr o risco de ficar sem, comprei os meus ainda no Brasil pela Decolar - eles oferecem o New York Pass para várias atrações, e ainda é possível parcelar.

Uma coisa que não posso deixar passar batido é a lanchonete do ferry - o barquinho que te leva até as ilhas. Comi um cachorro quente e um muffin de chocolate TÃO GOSTOSOS que até hoje eu sonho com eles.

4. Aproveitei a ida ao Battery Park para conhecer a região a pé




Para ir até a Estátua da Liberdade você precisará chegar até o Battery Park, um local próximo de vários outros pontos conhecidos. Portanto, aproveite a viagem para conhecer o Wall Street, o Marco Zero (onde ficavam as Torres Gêmeas), a Bolsa de Valores, The Oculus (a estação mais cara do mundo, e também uma das mais bonitas), e um monte de lojas e restaurantes bem interessantes: Century 21, Urban Outfitters, Eataly, etc. Como essa andança é mais demorada, sugiro fazê-la na volta do passeio da Estátua.





Durante esta caminhada, aproveite para reparar na arquitetura da cidade, que é uma das coisas mais impressionantes de Nova York - as construções históricas se misturam com as modernas, e pensar brevemente sobre isso pode dar uma impressão de visual poluído, mas acredite, tudo é tão estrategicamente planejado que no final tudo faz sentido. 

Tive um bônus interessante em minha viagem, pois como fui na época das festas de fim de ano, as decorações temáticas ainda estavam por lá - o que garantia uma magia a mais no visual. 

5. Me apaixonei pela Grand Central



A movimentação na Grand Central é composta por turistas curiosos e moradores indo e vindo de seus destinos rotineiros (foi aqui que vi a atriz Jennifer Ehle tomando seu cafezinho no Starbucks da estação). Não fiz nenhuma viagem partindo dali, mas claro que dei uma passadinha para conferir a arquitetura desta que já foi cenário de diferentes filmes e séries conhecidos.


Uma curiosidade da Grand Central é a linda pintura no teto da estação, que representa o céu do Mar Mediterrâneo no inverno, mas não de maneira fiel (se foi um erro de pesquisa ou liberdade poética, jamais saberemos). E não estranhe caso você perceber que os relógios da estação (um deles assinado pela Tiffany) estão adiantados em um minuto, isso é proposital. Você ainda encontrará diversos restaurantes no segundo piso e até uma quadra de tênis no quarto piso.

6. Bati perna na Quinta Avenida



A Quinta Avenida é uma das principais vias de Manhattan, e possui as quadras mais valorizadas da ilha.  As lojas conceito de diversas marcas são surpreendentes, com vitrines megalomaníacas e arquitetura caprichada - a mais famosa delas é a da Apple, que mais parece uma enorme caixa de vidro próxima ao Central Park. 





Ali você ainda encontrará a Sack's, a loja de brinquedos Fao Schwarz (lembra do Tom Hanks tocando um piano gigante no filme "Quero Ser Grande"?), o Rockfeller Center, o Metropolitan, a Catedral de St. Patrick, o Empire State Building e a Biblioteca Pública. É um passeio que deve ser feito impreterivelmente a pé, para que você não perca nenhum detalhe do entorno.

Por ali eu me surpreendi com a loja da Lego, bem próxima ao ring de patinação do Rockfeller - uma imensidão de estátuas construídas com as famosas pecinhas coloridas. As decorações natalinas, principalmente da Sack's, também são de tirar o fôlego. E se você tiver paciência para enfrentar uma longa fila, ainda é possível patinar no gelo junto aos demais aventureiros.

7. Me joguei em vários museus



Outra grande vantagem do New York Pass é que com ele você pode conhecer diversos museus sem pegar muita fila - e acredite, em Manhattan há MUITOS que será necessário escolher a dedo todos que você incluirá no roteiro. Os que fui foram: o Museu de História Natural, o MIT (que não consegui conhecer tudo em um único dia, pois ele é gigantesco) e o Memorial World Trade Center.


Cada um desses que fui oferece diferentes experiências. O MHN tem um glamour mais hollywoodiano, ideal para ensinar a molecada diversos assuntos de forma bem didática , que vão de história à ciências. Já o MIT você encara a história de uma maneira mais real (amei ver de pertinho objetos antigos, múmias de verdade e pinturas milenares). Aliás, se o tempo de viagem é curto e você não tiver um segundo dia para visitar o MIT, vale a pena pegar um mapa e marcar todos os pavimentos (que são divididos em períodos e regiões do mundo) que deseja conhecer, pois olha... vai tempo, viu? 

O Memorial do WTC nem todo mundo tem psicológico para visitar, e também não recomendo para quem é sensível. Apesar de todos os esforços para criar uma atmosfera mais honrosa, o passeio não é nada divertido (seria até estranho se fosse). Os subsolos das duas torres foram transformados em museu, com um acervo que vai desde registros da construção dos edifícios até os destroços dos aviões responsáveis por uma das maiores tragédias vivenciadas pela humanidade. Há relatos de familiares que perderam seus entes queridos, de quem sobreviveu ao atentado, de quem trabalhou pelo resgate dos sobreviventes e da caixa preta de todos os aviões envolvidos. Não tive vontade de tirar foto de nada lá dentro, mas aproveitei a experiência para entender qual foi a missão por trás da criação daquele espaço.


Embora pareça uma atração mórbida, a forma como os americanos lidam com grandes tragédias é bem diferente da nossa. A simbologia da frase "never forget" repetida incansavelmente a cada 11.11, não é só uma homenagem à memória de quem se foi, mas também uma forma de se refortalecer. O museu se transformou em um espaço para narrar essa história de forma real, sem cortes e sem floreios, assim como outras tragédias no mundo também são contadas para que sempre tenhamos em mente a necessidade de construir um mundo melhor (mesmo que responsáveis por inúmeras nações ignorem completamente isso).

8. Encontrei diversos lugares legais caminhando sem parar



Mesmo que NY tenha uma linha metroviária fantástica que te leva para qualquer canto, caminhar  ainda é a melhor forma de conhecer a cidade.  Claro que é impossível conhecer tudo sem pegar um transporte, mas se existir energia em seu corpo para isso, tente ir de um ponto a outro na companhia de seu melhor tênis, pelo menos uma vez por dia. 



Foi assim que encontrei os famosos letreiros "Hope" e "Love", os estúdios da CBS, restaurantes gostosos e baratinhos, lojas extremamente curiosas, livrarias acolhedoras e até uns famosos (trombei com Elliot Page passeando na calçada tranquilamente). Aliás, Nova York é toda plana, o que ajuda e muito durante a caminhada, e é quase impossível se perder, porque além de ter sempre alguém para te informar o caminho, é muito fácil encontrar uma estação de metrô (todas as linhas possuem wifi para você poder consultar o aplicativo deles quando precisar).

9. Conheci os estúdios da NBC



Essa tour não estava incluída no New York Pass, mas valeu cada centavo - conhecer os estúdios da NBC foi uma delícia. Vi onde gravam o Saturday Night Live, o Tonight Show, do Jimmy Fallon, o jornal local, entre outros programas da emissora. 


O passeio guiado por funcionários não pode ser fotografado, mas a turma participa da gravação de um talk show de mentirinha, conhece a história da emissora, umas curiosidades de cada estúdio, e termina em uma lojinha tentadora que tem essa cadeira do The Voice para você tirar umas fotos com cara de sem graça, como eu tirei.  Como fui no período de festas de fim de ano, não havia calendário aberto para se inscrever em alguma plateia, mas se você tiver paciência para tentar uma disputada cadeira durante as gravações, com certeza será uma boa experiência.

10. Me apaixonei pela ilha lá no alto



Nova York possui inúmeros rooftops espalhados por cada canto que te proporcionam as melhores vistas da cidade, e embora seja um passeio bem clichezão, vale super a pena o investimento porque Manhattan é uma linda ilha de pedra planejada, que só é possível entender como tudo faz sentido quando vista do alto.



Os dois pontos escolhidos em nosso roteiro são os mais tradicionais, e caso seja a sua ideia fazer o mesmo, siga exatamente esses horários: vá ao Empire Building à noite e ao Top of the Rock (Rockfeller) no pôr do sol - cada um mostra à sua maneira uma face diferente da cidade. 

Ambos os ingressos estavam disponíveis no New York Pass, e por ser uma temporada muito disputada, foi imprescindível garantir essas entradas antecipadamente. Por ter ido a noite, o Empire State estava com uma fila mais tranquila, e fiquei sabendo que eles deram uma estruturada no passeio, pois quando fui era bem engessadão, porém glamouroso. Já no Rockfeller o guia é mais bagunceiro e a estrutura é bem mais jovial e divertida.

Minha viagem teve uma pequena duração de 10 dias, mas confesso que se eu pudesse ficar mais 10, não hesitaria. Nova York é imensa, tem muita coisa para conhecer (para você ter uma ideia, não tive tempo de desbravar o Brooklyn que eu tanto queria) e muita atração que merece a nossa atenção. Tenho muita vontade de voltar para fazer um outro tipo de viagem, desta vez um pouco fora do eixo turístico (para uma primeira vez, ele é fundamental, mas dispensável em uma segunda visita), para conhecer outros museus, restaurantes, poder aproveitar uma Broadway, alguns shows e vivenciar mais a rotina de quem mora por lá. A verdade é que cada vez que você tiver a oportunidade de voltar a Big Apple, a experiência será outra completamente diferente.

Livros que li que são uma verdadeira viagem à NY:



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