De tanto ler o quão pecaram nas adaptações anteriores, nunca tive coragem de conferir as outras obras visuais de até lançarem esta. Duna pode ser classificado como uma obra de arte: história bem amarrada, fotografia impecável, um time de atores de tirar o chapéu, e personagens muito bem construídos. Não há furos de Denis Villeneuve. Não há sequer um minuto de desilusão com o apático Timothée Chalamet.
Por mais que a história seja um pouco parada, não havia como fazer diferente - a dinâmica do universo Duna não é um filme de ação Michael Bay. As próprias batalhas são leves como uma pluma, e me arrisco a dizer que quem não entender isso, é melhor pesquisar mais a respeito.
Falar sobre o time excelente é quase chover no molhado: temos Oscar Isaac, Stellan Skarsgård, Javier Bardem, Josh Brolin, Zendaya, Rebecca Ferguson são só alguns exemplos do que esperar - e apesar da grande maioria aparecer por 5, no máximo 10 minutos na tela, é suficiente para ter uma ideia do que podemos esperar da segunda parte da saga.
E não posso deixar de falar sobre a incrível trilha sonora de Hans Zimmer - valeu sua ausência em Tenet para entregar este projeto. O maestro tem uma sensibilidade inacreditável de casar toda a fotografia com sua trilha sonora, o que deixa Duna parecido com aquele presente com embrulho perfeito, o qual abrimos lentamente debaixo da árvore de Natal.
Duna é uma experiência que vale ser conferida nas grandes telas, portanto, se for possível, assista-o no cinema, na melhor sala. Ou se for assistir em casa no mês que vem, prepare o terreno: apague as luzes, faça uma pipoca, deixe sua sala o mais confortável possível, e desfrute de um dos melhores filmes que 2021 nos presenteou em meio ao caos - vale cada segundo das 2h35min.
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