Jojo Moyes, A Loja dos Sonhos e suas obras que já li

 


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As histórias de Jojo são muito marcadas por um vai e vem no tempo - são raras as obras dela que não tenham tal método de narrativa, e A loja dos sonhos não é uma exceção. Muita gente se incomoda com isso, mas é exatamente esta característica que mais amo na autora (Taylor Jenkins Reid costuma fazer o mesmo e é outra escritora que amo de paixão).

Nesta história de protagonista insuportável, me senti sendo tirada do mais do mesmo porque a leitura também adicionava certas narrativas as quais eram devidamente explicadas nas entrelinhas no decorrer da história - histórias de vida de coadjuvantes mostradas sem serem assinaladas logo de cara de quem se tratava. Apesar de parecer confuso para muitos, isso não é algo que tira a qualidade da história.

Mas falando da protagonista, sim, Suzanna é terrivelmente insuportável, e somos tirados do comodismo com isso, pois as vezes é bom a ter uma personagem odiosa, para variar. Ela é grossa, introspectiva, um tanto quanto mimada e dona de uma péssima comunicação agressiva. Suas falas muitas vezes beiram o desnecessário, e você torce o tempo todo para alguém colocá-la em seu devido lugar em algum momento. Mas porque não odiar o livro por isso? Porque é exatamente essa a essência que a autora queria passar da personagem, como uma espécie de herança de sua mãe, que na década de 1960 chocava a sociedade com suas atitudes impensadas e rebeldes.

Suzanna também representa muito bem diversas personalidades que todo mundo deve conhecer - aquela pessoa que é incapaz de se alegrar com a alegria de outrem. Ela não consegue sair de seu papel de vitimista nem por empatia.

Aqui também temos um quadro como coadjuvante, como em A garota que você deixou para trás, também de Jojo. Mas ao invés de ser um objeto que conduz a história de maneira central, é o artigo que incomoda Suzanna. Algo que assombra seu passado sem muitas explicações. 

Alejandro, junto com Jessie, são os coadjuvantes mais carismáticos da história, e também dois divisores de águas muito importantes para a vida de Suzanna. Eles com certeza são o respiro cativante da história.

No mais, tecnicamente falando, me arrisco a dizer que a tradução do livro foi feita de uma maneira estranha, e talvez tenha tirado um pouco da clareza da narrativa. Encontrei umas frases bastante confusas, que em inglês certamente tenha mais sentido.

Sinopse da editora:

Athene Forster abraçou a década de 1960 como poucos. Uma das jovens mais glamourosas de sua geração, era uma garota mimada e sem controle. Quando ela concorda em se casar, seus pais enfim respiram aliviados. Dois anos depois do casamento, contudo, os boatos de uma traição começaram a circular.

Trinta e cinco anos depois, Suzanna Peacock percebe que ainda tem dificuldades para se desvencilhar das famigeradas histórias da mãe. Ao retornar a Dere Hampton, sua cidade natal, o único lugar onde encontra paz é em sua loja: uma mistura de cafeteria e brechó que vende de tudo um pouco, desde bijuterias de segunda mão a um expresso decente. Lá ela faz amigos de verdade pela primeira vez, entre eles Jessie, uma jovem curiosa e muito criativa, e Alejandro, um argentino solitário que trabalha no hospital local e compartilha com Suzanna o gosto por um bom café e um histórico familiar complicado.

Mas, apesar dos esforços de Suzanna, o fantasma de Athene ainda a persegue. E só ao enfrentar tanto a família quanto seus medos ela será capaz de se reconciliar com o passado e encontrar a chave para sua própria história.


Outros livros que já li da Jojo:


Nada mais a perder


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Sempre tive um apreço enorme às obras de Jojo Moyes e com Nada Mais a Perder não foi diferente. Apesar de ter 0 familiaridade com a equitação, a apresentação da autora aos seus personagens acaba te incluindo neste universo de maneira sutil e agradável, se fazendo necessária para você conhecer melhor os personagens Sarah e Henry. 

Me emocionei bastante com o desfecho da trama, principalmente ao saber que a autora se inspirou em uma garota real para criar a história de Sarah (conheça a história de Mecca Harris nos agradecimentos finais do livro). Difícil também não ser cativada pela difícil história de Mac e Natasha, que assim como todo romance criado por Jojo, tem seus dramas e conflitos sem precisar deixar o leitor revoltado. 

O delicioso deste livro é que você vai de encontro com dois núcleos distintos, ambos com seus conflitos a serem resolvidos, e que mostram para nós tão escancaradamente que uma boa comunicação ajudaria e muito todos a solucionarem seus problemas.

Sinopse da editora:

Na juventude, Henri Lachapelle foi um cavaleiro de raro talento, entre os poucos admitidos na academia de elite do hipismo francês, o Le Cadre Noir. Contudo, reviravoltas da vida o levaram da França a Londres, onde ele agora vive em um simples conjunto habitacional. Sem nunca abandonar o amor pela antiga carreira, aos trancos e barrancos Henri ensina a neta, Sarah, a montar o cavalo Boo, na esperança de que o talento da dupla seja o passaporte para uma vida melhor e mais digna para todos. Mas um grande golpe muda mais uma vez os planos de Henri Lachapelle, e Sarah se vê entregue à própria sorte, lutando para, além de sobreviver, cuidar de Boo e manter os treinamentos. 

Natasha é uma advogada especializada em representar crianças e adolescentes envolvidos com crimes ou em situação de risco. Abalada emocionalmente e em dúvidas quanto a seu futuro profissional depois de um caso terrível, Natasha ainda tem de lidar com as feridas do fim de seu casamento. Um fim, diga-se de passagem, bem inusitado, já que ela se vê forçada a morar com o charmoso futuro ex-marido enquanto esperam a venda da casa da família. Quando Sarah cruza o caminho de Natasha, a advogada vê na menina a oportunidade de colocar a vida de volta nos trilhos e decide abrigar a adolescente sob o próprio teto. O que ela não sabe é que Sarah guarda um grande segredo que lhes trará sérias consequências.


Um mais um


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Esse livro está no meu Top 3 de preferidos da Jojo - além de ter sido um dos primeiros que li após me apaixonar pela trilogia "Como eu era antes de você", também foi a história que me dei conta que a autora sempre escreve sobre mulheres fortes. Mesmo depois de Jess ter sido deixada à deriva pelo marido, a mulher arregaçou as mangas e foi para luta para sustentar os filhos de maneira digna, e foi mais além ainda - fez uma pausa arriscada na vida para levar a filha à um campeonato de matemática que poderia garantir um futuro melhor para a menina.

Jojo também sempre traz algum cara cheio de defeitos, mas sempre apaixonantes para apimentar a história de suas protagonistas - essas que geralmente nunca dão o braço a torcer em primeira estância. Ed é um desses caras que caem de paraquedas nos problemas da protagonista e acaba se esquecendo dos próprios problemas quando acaba se aventurando nessa viagem com a família de Jess. E esses dois vão fazer você devorar este livro em tempo recorde.

Sinopse da editora:

Fazendo faxinas de manhã e trabalhando como garçonete em um pub à noite, Jess mal ganha o suficiente para sustentar a filha Tanzie e o enteado Nicky, que ela cria há oito anos. Jess está muito preocupada com o sensível Nicky, um adolescente gótico e mal-humorado que vive apanhando dos colegas. Já Tanzie, o pequeno gênio da matemática, tem outro problema: ela acabou de receber uma generosa bolsa de estudos em uma escola particular, mas Jess não tem condições de pagar a diferença. Sua única esperança é que a menina vença uma Olimpíada de Matemática que será disputada na Escócia. Mas como eles farão para chegar lá?

Enquanto isso, um dos clientes de faxina de Jess, o gênio da computação Ed Nicholls, decide se refugiar em sua casa de praia por causa de uma denúncia de práticas ilegais envolvendo sua empresa. Entre ele e Jess ocorre o que pode ser chamado de ódio à primeira vista. Mas quando Ed fica bêbado no pub em que Jess trabalha, ela faz questão de deixá-lo em casa, em segurança. Em parte agradecido, mas principalmente para escapar da pressão dos advogados, da ex-mulher e da irmã ― que insiste em que ele vá visitar o pai doente ―, Ed oferece uma carona a Jess, os filhos e o enorme cão da família até a cidade onde acontecerá o torneio. Começa então uma viagem repleta de enjoos, comida ruim e engarrafamentos. A situação perfeita para o início de uma história de amor entre uma mãe solteira falida e um geek milionário.


O navio das noivas

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Acho que Jojo manda muitíssimo bem em histórias criadas com a guerra passando como pano de fundo, e este livro não fugiu a esta regra. Embora tenha um começo um pouco arrastado, a trama apresenta diversas protagonistas presentes em um mesmo navio, que aos poucos vão se costurando e fazendo sentido. Aqui vemos mais uma vez o passado e o presente se colidindo, com personagens que passam a entender mais de sua própria vida conhecendo um pouco mais sobre o passado de alguém querido. 

Mesmo que este livro te pareça um pouco maçante a princípio, dê uma chance pois vale muito a pena.


Sinopse da editora:

Em Sydney, Austrália, quatro mulheres com personalidades fortes embarcam em uma extraordinária viagem a bordo do HMS Victoria, um porta-aviões que as levará, junto de outras noivas, armas, aeronaves e mil oficiais da Marinha, até a distante Inglaterra. As regras no navio são rígidas, mas o destino que reuniu todos ali, homens e mulheres atravessando mares, será implacável ao entrelaçar e modificar para sempre suas vidas.

Enquanto desbravam oceanos, os antigos amores e as promessas do passado parecem memórias distantes. Ao longo da viagem de seis semanas ― apesar de permeada por medos, incertezas e esperanças ― amizades são formadas, mistérios são revelados, destinos são selados e o felizes para sempre de outrora não é mais a garantia do futuro que foi planejado.

Com personagens únicas e uma narrativa tocante, Jojo Moyes conta uma história inesquecível que captura perfeitamente o espírito romântico e de aventura desse período da História, destacando a bravura de inúmeras mulheres que arriscaram tudo em busca de um sonho.


Como eu era antes de você

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Assim como muita gente, fui apresentada ao trabalho da Jojo por conta desta adaptação para o cinema. A primeira de 3 histórias de Louisa Clark é um tanto quanto diferente da versão visual, e o livro conta com uma percepção mais aprofundada sobre a história da protagonista. 

Aqui, a jovem com meias de abelha passa por uma situação bem traumatizante, que justifica e muito as suas limitações. Temos também um relacionamento mais intenso com os pais de Will, e desfechos bem diferentes do filme. E mesmo com muitas coisas deixadas de lado na adaptação, ambas as Lous são apaixonantes (parece até que ela foi escrita sob medida para Emilia Clarke).


Sinopse da editora:

Aos 26 anos, Louisa Clark não tem muitas ambições. Ela mora com os pais, a irmã mãe solteira, o sobrinho pequeno e um avô que precisa de cuidados constantes desde que sofreu um derrame. Trabalha como garçonete num café, um emprego que não paga muito, mas ajuda nas despesas, e namora Patrick, um triatleta que não parece interessado nela. Não que ela se importe.

Quando o café fecha as portas, Lou é obrigada a procurar outro emprego. Sem muitas qualificações, consegue trabalho como cuidadora de um tetraplégico. Will Traynor, de 35 anos, é inteligente, rico e mal-humorado. Preso a uma cadeira de rodas depois de um acidente de moto, o antes ativo e esportivo Will desconta toda a sua amargura em quem estiver por perto. Tudo parece pequeno e sem graça para ele, que sabe exatamente como dar um fim a esse sentimento. O que Will não sabe é que Lou está prestes a trazer cor a sua vida. E nenhum dos dois desconfia de que irá mudar para sempre a história um do outro.

Como eu era antes de você é uma história de amor e uma história de família, mas acima de tudo é uma história sobre a coragem e o esforço necessários para retomar a vida quando tudo parece acabado.

Depois de você

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A continuação desta saga também merecia uma adaptação para o cinema, afinal de contas, quem não ficou curioso para saber o que aconteceria depois que Lou leu a carta de Will? Em Depois de você, Jojo mostra que apesar de ser um romance, a superação também é uma batalha difícil até mesmo para a sua heroína, que passa maus bocados depois de tentar seguir a risca as sugestões de Will para a sua nova vida. Nesta história também nos pegamos caindo em uma grande emboscada - a do julgamento com nossa própria régua. Você certamente se pegará questionando diversas decisões da protagonista, mas como julgar o outro sem passar pela mesma dificuldade dela?


Sinopse da editora:

Em Depois de você, Lou ainda não superou a perda de Will. Morando em um flat em Londres, ela trabalha como garçonete em um pub no aeroporto. Certo dia, após beber muito, Lou cai do terraço. O terrível acidente a obriga voltar para a casa de sua família, mas também a permite conhecer Sam Fielding, um paramédico cujo trabalho é lidar com a vida e a morte, a única pessoa que parece capaz de compreendê-la.

Ao se recuperar, Lou sabe que precisa dar uma guinada na própria história e acaba entrando para um grupo de terapia de luto. Os membros compartilham sabedoria, risadas, frustrações e biscoitos horrorosos, além de a incentivarem a investir em Sam. Tudo parece começar a se encaixar, quando alguém do passado de Will surge e atrapalha os planos de Lou, levando-a a um futuro totalmente diferente.


Ainda sou eu

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O desfecho da história de Lou não supera os livros anteriores, mas termina bem. É aqui que vemos o quanto a protagonista é gente como a gente mesmo. Não duvido que um streaming da vida tente trazer esta história para uma minissérie - o que seria bem legal, já que temos tantos outros filmes ganhando adaptações estendidas por aí. 

Sinopse da editora:

Lou Clark chega em Nova York pronta para recomeçar a vida, confiante de que pode abraçar novas aventuras e manter seu relacionamento a distância. Ela é jogada no mundo dos super-ricos Gopnik ― Leonard e a esposa bem mais nova, e um sem-fim de empregados e puxa-sacos. Lou está determinada a extrair o máximo dessa experiência, por isso se lança no trabalho e, antes que perceba, está inserida na alta sociedade nova-iorquina, onde conhece Joshua Ryan, um homem que traz consigo um sopro do passado de Lou.

Enquanto tenta manter os dois lados de seu mundo unidos, ela tem que guardar segredos que não são seus e que podem mudar totalmente sua vida. E, quando a situação atinge um ponto crítico, ela precisa se perguntar: Quem é Louisa Clark? E como é possível reconciliar um coração dividido?

Sequência dos romances Como eu era antes de você e Depois de você, que arrebataram o coração de milhares de fãs, Ainda sou eu conta, pela perspectiva delicada e bem-humorada de Lou Clark, uma história comovente sobre escolhas, lealdade e esperança.

Baía da Esperança


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Se minha memória não falha, eu devorei este livro em uma semana. A história já começa boa, e vai te puxando para a Nárnia de Jojo de forma involuntária, apesar de muita gente achar o contrário. Acho que me identifiquei bastante com o tema e por isso me envolvi rapidamente na trama, pois fala sobre a importância da preservação da natureza, de como funciona um real relacionamento saudável com os animais, etc.

Posso dizer que esta obra é a comprovação de que um livro bom não precisa ter necessariamente personagens apaixonantes. Uma história bem construída dispensa qualquer sentimentalismo entre o leitor e protagonista.


Sinopse da editora:

Seis anos depois de ter saído da Inglaterra, a melancólica e reservada Liza McCullen é a responsável por um barco de observação de baleias e golfinhos em Silver Bay, na Austrália, onde também administra com a tia, Kathleen, o Hotel Baía da Esperança, que já viu dias melhores.

Hospedado no hotel de Liza, Mike Dormer está lá a negócios: depende dele o pontapé inicial do projeto de um resort de luxo. Enquanto sua noiva, em Londres, finaliza os planos do casamento, Mike tem de conseguir a licença para a construção do empreendimento, algo que terá profundo impacto na fauna de Silver Bay e consequências drásticas para a vida dos moradores, inclusive a de Liza, que guarda um grande segredo e correrá perigo caso precise se mudar dali.

Quando o mundo de Mike e Liza colidem de forma irremediável, eles precisam encarar os próprios medos para salvar o que amam. Com personagens cativantes em um cenário encantador, Baía da Esperança é um romance comovente e irresistível, repleto do humor e da generosidade que marcam as obras de Jojo Moyes.


A última carta de amor

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Esta é a segunda obra de Jojo que virou filme, desta vez produzida pela Netflix diretamente para o streaming, e uma das poucas adaptações da empresa que eu de fato gostei (acho que a Netflix peca bastante na produção). E devo dizer que a versão visual foi muito, mas muito fiel ao livro. Claro que por conta do tempo, algumas coisas aqui e ali precisam ser cortadas, mas nada afetou o andamento ou a intensidade desta história.

No ir e vir da linha tempo como Jojo ama fazer, a história de Jennifer é contada depois que Ellie encontra cartas que despertam nesta jornalista a curiosidade de saber mais sobre aqueles personagens tão intensos. Na medida que a protagonista encontra novas cartas, somos apresentados a mais trechos da história da personagem do passado. E assim vamos devorando mais e mais páginas, esquecendo do tempo e se apaixonando por esta escrita bem típica das escritoras europeias.

Sinopse da editora:

Londres, 1960. Ao acordar em um hospital após um acidente de carro, Jennifer Stirling não consegue se lembrar de nada. De volta a casa com o marido, ela tenta, em vão, recuperar a memória de sua antiga vida. Por mais que todos à sua volta pareçam atenciosos e amáveis, Jennifer sente que alguma coisa está faltando. É então que ela descobre uma série de cartas de amor escondidas, endereçadas a ela e assinadas apenas por "B", e percebe que não só estava vivendo um romance fora do casamento como também parecia disposta a arriscar tudo para ficar com seu amante.

Quatro décadas depois, a jornalista Ellie Haworth encontra uma dessas cartas endereçadas a Jennifer durante uma pesquisa nos arquivos do jornal em que trabalha. Obcecada pela ideia de reunir os protagonistas desse amor proibido – em parte por estar ela mesma envolvida com um homem casado –, Ellie começa a procurar por "B", e nem desconfia que, ao fazer isso, talvez encontre uma solução para os problemas do próprio relacionamento.

Com personagens realisticamente complexos e uma trama bem-elaborada, A última carta de amor entrelaça as histórias de paixão, adultério e perda de Ellie e Jennifer. Um livro comovente e irremediavelmente romântico.

A garota que você deixou para trás




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Este, sem dúvidas, é meu livro preferido da Jojo, pois foi uma das obras que mais me conectei com as personagens de modo empático. Mais uma vez temos a autora trabalhando com uma história acontecendo durante a guerra, e mais uma vez temos uma protagonista no presente e outra no passado se conectando por algo incomum - neste caso é um quadro. 

Esta trama, na verdade, começa em um livro de contos da escritora (que menciono logo a seguir), e me apaixonei perdidamente pela história da Liv naquelas poucas páginas. Só depois de começar a ler este livro que notei que aquele conto antecedia a esta obra, o que me despertou ainda mais curiosidade para saber o que aconteceu com a garota que foi presenteada pelo marido ausente com um quadro.

Algo muito importante que merece ser destacado é a forma que Jojo te faz ficar aflita junto com Sophie, a personagem do passado. São páginas e páginas da mais pura ansiedade que te prende tanto àquele desenrolar que me faz te sugerir ler este livro em seu dia de folga - para poder devorá-lo sem culpa.

PS: se você amar demais esta história, aconselho emendar em seguida "O Rouxinol", de Kristin Hannah.

Sinopse da editora:

Durante a Primeira Guerra Mundial, o jovem pintor francês Édouard Lefèvre é obrigado a se separar de sua esposa, Sophie, para lutar no front. Vivendo com os irmãos e os sobrinhos em sua pequena cidade natal, agora ocupada pelos soldados alemães, Sophie apega-se às lembranças do marido admirando um retrato seu pintado por Édouard. Quando o quadro chama a atenção do novo comandante alemão, Sophie arrisca tudo — a família, a reputação e a vida — na esperança de rever Édouard, agora prisioneiro de guerra. 

Quase um século depois, na Londres dos anos 2000, a jovem viúva Liv Halston mora sozinha numa moderna casa com paredes de vidro. Ocupando lugar de destaque, um retrato de uma bela jovem, presente do seu marido pouco antes de sua morte prematura, a mantém ligada ao passado. Quando Liv finalmente parece disposta a voltar à vida, um encontro inesperado vai revelar o verdadeiro valor daquela pintura e sua tumultuada trajetória. Ao mergulhar na história da garota do quadro, Liv vê, mais uma vez, sua própria vida virar de cabeça para baixo. 
Tecido com habilidade, A garota que você deixou para trás alterna momentos tristes e alegres, sem descuidar dos meandros das grandes histórias de amor e da delicadeza dos finais felizes.

Paris para um e outros contos

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Este pequeno livro reúne 10 histórias curtinhas de Jojo, que mostra protagonistas conhecendo novas versões de si mesmas de diferentes pontos de vista. Como disse anteriormente, é aqui também que a história de Liv e Sophie começa, no último conto. Foi a Ju Trinci que me recomendou este livro anos atrás, e foi com ele que me provou que ela é uma das minhas amigas que mais conhece meu gosto literário.

Sinopse da editora:

Nessa vibrante coletânea, o leitor poderá conhecer mais um lado da autora. Em histórias curtas e divertidas, Jojo, sem deixar de lado as personagens decididas que conquistaram o público, faz sua conhecida mágica de transformar situações comuns em eventos extraordinários.

No conto que dá título ao livro, a jovem Nell planeja um final de semana romântico em Paris com o namorado e fica sabendo, já na estação, que ele desistiu de acompanhá-la. Sozinha em um país estrangeiro, Nell descobre uma nova versão de si mesma, independente e corajosa.

Outros contos incluem um assalto a uma joalheria com uma reviravolta amorosa, a história de uma mulher que passa um dia inteiro com os sapatos de outra pessoa e um shopping lotado de pessoas fazendo compras de Natal que vai revelar a uma esposa estressada o que de fato importa na vida.

E em “Lua de mel em Paris”, que fecha a coletânea, Jojo Moyes brinda os leitores com um reencontro com as personagens do best-seller A garota que você deixou para trás, Liv e Sophie, que, separadas por algumas décadas, acreditam que o casamento é apenas o início de suas histórias de amor.

Dez pequenas amostras da saborosa escrita de Jojo Moyes, divertidas, autênticas e irresistíveis — você vai ler e se encantar.


Um passo de sorte



Sinopse da editora:


Sam não diria que está no melhor momento da sua vida, mas é grata pelo que tem, como seu emprego ― que parece estar por um fio ― e sua família, ainda que praticamente carregue todos nas costas. Ela sabe que basta um dia ruim para que tudo vá pelos ares ― só espera muito que esse dia não seja aquele com reuniões tão importantes pela frente...

Nisha tem tudo com que sempre sonhou, e muito mais: um casamento com um homem incrivelmente rico, viagens internacionais, roupas de marca... Mas, agora que seu marido quer se divorciar, está prestes a perder tudo isso.

Os caminhos de Sam e Nisha, duas mulheres completamente diferentes, nunca deveriam ter se cruzado, mas esse encontro vai mudar a vida de ambas para sempre. E o motivo não poderia ser mais estranho: um par de sapatos Louboutin. Fãs de Jojo Moyes podem identificar certa semelhança com um conto da autora: o livro é inspirado em “Sapatos de pele de crocodilo”, narrativa curta que integra Paris para um e outros contos, lançado pela Intrínseca em 2017.

Com uma história dinâmica e cheia de reviravoltas, Um passo de sorte traz não apenas uma Jojo Moyes mais divertida do que nunca, como também um enredo emocionante sobre como as amizades ― por mais improváveis que sejam ― podem fazer toda a diferença na nossa vida.

"Quantas decisões que vocês tomam todo dia são porque vocês querem fazer alguma coisa, e quantas são porque querem evitar as consequências de não fazer?"

Os livros da Jojo costumam ter duas características marcantes: ou ela escreve uma história linear carregada de humor, ou ela escreve uma história que intercala entre um tempo e outro, com uma narrativa bem séria. E é por essa facilidade de navegar nesses dois mundos com maestria que a autora sempre nos entrega uma obra carregada de carinho. 

“Um passo de sorte” é a segunda história de Jojo que sai do livro “Paris para um e outros contos” (o primeiro foi o meu livro favorito “A garota que você deixou para trás”), e aqui temos uma história que começa e termina bem divertida, mas o finalzinho do epílogo certamente te arrancará lágrimas. Sam e Nisha, duas mulheres com estilos de vida distintos, verão suas vidas conectadas por causa de um sapato, e é por conta de uma troca por engano que a vida de ambas virará de cabeça para baixo. 

"Mas é exaustivo sentir que você não é visto como de fato é, sabe?"

Uma coisa que a autora destacou bastante nesta obra, e que é de suma importância trazer para o debate, é a exaustão que uma mulher de vida comum sofre, por serem diariamente soterradas de responsabilidades invisíveis, e que o machismo estrutural reforça como "obrigação de uma mulher". Esta problemática é trazida especialmente no núcleo de Sam, uma mulher que trabalha fora, sofre assédio moral no ambiente profissional, cuida da casa, da comida, do cachorro, mesmo com um marido desempregado e uma filha adolescente em casa, uma mãe que se coloca no lugar de filha na vida dela, que cobra atenção e cuidados que ela sequer precisa, e não tem absolutamente ninguém para segurar o rojão junto com ela. 

"Força, força de verdade, não é necessariamente fazer o que alguém pede. Força é todo dia encarar uma situação intolerável, insuportável, apenas para apoiar as pessoas que ama". 

Também amo essa coisa da autora sempre trazer personagens que me irritam - aqui, a Sam me tirou do sério todas as vezes que algo ruim acontecia com ela por pura falta de comunicação. Já Nisha, mais grossa que cano de passar b***a, me deixou admirada de uma forma que, no começo da história eu jamais imaginaria que fosse acontecer. 

Um passo de sorte é um ótimo livro para distrair. É facilmente devorável, mesmo que tenha mais de 500 páginas. Promete a mesma diversão de “Um mais um”. 

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Livros da Jojo Moyes que ainda não li:



Jojo Moyes na verdade se chama Pauline Sara Jo Moyes, e é uma jornalista britânica nascida em Maidstone que cresceu em Londres. Passou a se aventurar como romancista em 2002. Ela já teve suas obras traduzidas em 8 idiomas, e hoje vive em Essex com seu marido e seu filho.

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