Mary Jane, de Jessica Anya Blau

 


Mary Jane é uma adolescente que adora cozinhar com a mãe, cantar no coral da igreja e ouvir discos. Tímida, discreta e gentil, ela consegue um emprego como babá da filha de um médico — um trabalho respeitável em uma casa respeitável, pelo menos é o que pensam os pais de Mary Jane.

Mas logo no primeiro dia de trabalho, Mary Jane descobre que foi parar na casa de uma família hippie que vive de um jeito completamente diferente de sua própria família. Para completar — e ainda mais fora da caixinha! —, o médico em questão é um psiquiatra que trata de um famoso astro do rock viciado em drogas.

A convivência com essa nova família desperta em Mary Jane sentimentos e percepções que, até então, ela nunca tinha vivido. Dividida entre o estilo de vida rígido que sempre conheceu e a liberdade que descobre ser possível, como será que Mary Jane vai terminar o verão?


Mary Jane é uma viagem musical, divertida e espirituosa pela década de 70. Acompanhe a chegada dessa protagonista inesquecível à vida adulta e se prepare para descobrir um mundo novo junto com Mary Jane!

"O que nunca aprendemos foi que às vezes as ideias racistas e antissemitas eram despertadas pelas próprias pessoas com quem você convivia."

Vi uma única resenha sobre este livro que dizia que era uma mistura de Quase Famosos com Daisy Jones & The Six - comparações que foram mais do que suficientes para me convencer a embarcar na leitura. E quem busca uma narrativa leve e bem humorada deve fazer o mesmo - em Mary Jane, a gente se depara com uma história contada em primeira pessoa, narrada por uma adolescente de 14 anos que descobre um mundo completamente diferente do seu, e fica fascinada por isso.

"Sentir alguma coisa era se sentir vivo. E se sentir vivo estava começando a se parecer com amor".

O que vale mencionar aqui é que há livros com diferentes objetivos quando são escritos: alguns focam em construir uma boa história, outros pretendem focar em sentimentos e sensações diante de um ou mais acontecimentos. Em Mary Jane a autora opta pelo caminho número 2 - não temos uma história sensacional, mas temos de bandeja como Mary Jane se sente ao descobrir que há uma vida completamente divertida e libertadora fora dos muros imaginários criados por sua família conservadora. E todas as dúvidas genuínas de uma adolescente são exploradas pela autora durante a história, sem transformar Mary Jane em uma pudica completa (os melhores momentos são quando a garota começa a se questionar se é uma viciada em sexo, sendo virgem!). 

"Parte de estar vivo é descobrir o equilíbrio entre  que você quer, o que você precisa e o que você tem; e o que você não quer, não precisa e não tem."

Confesso que nos momentos em que os personagens começavam a interagir cantando ou inventando músicas eu meio que fiz uma leitura dinâmica (tive 0 paciência mesmo, me desculpem), mas nada que tirasse estrelinhas do livro: Mary Jane é uma ótima leitura entre um livro pesado e outro, que nos transporta para os anos 1970 de uma maneira deliciosa, e também nos traz um saudosimo precioso de nossa própria juventude.

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