O que o vento sussurra, de Amy Harmon

 


Anne Gallagher é um escritora rica e famosa que vive em um lindo apartamento em Manhattan. Ela sempre sentiu verdadeiro fascínio pelas histórias de seu avô sobre a Irlanda, mas nunca teve a chance de conhecer o país. Até agora.

Arrasada com a morte do avô, Anne viaja para a terra onde ele passou a infância para espalhar suas cinzas. Lá, dominada pelas lembranças do homem que ela adorava e consumida por uma história que nunca conheceu, Anne é puxada para outro tempo.

A Irlanda de 1921, à beira da guerra, é um lugar perigoso onde despertar. Mas é ali que Anne se encontra, ferida, desorientada e sob os cuidados do dr. Thomas Smith, guardião de um menino estranhamente familiar. Confundida com a mãe desaparecida do menino, Anne adota sua identidade, convencida de que o sumiço da mulher está ligado ao seu.

À medida que as tensões aumentam, Thomas se junta à luta pela independência da Irlanda e Anne é arrastada para o conflito ao lado dele. Presa entre a história e seu coração, ela deve decidir se está disposta a abrir mão da vida que conhecia por um amor que nunca pensou que encontraria. Mas será que a escolha é realmente dela?


“Se todos os homens amassem suas esposas como eu amo Anne, seríamos um bando de inúteis. Ou talvez o mundo conhecesse a paz. Talvez as guerras acabassem e a luta cessasse, pois centraríamos nossa vida em amar e ser amados.”

Eis aqui uma obra que me encantou em cada capítulo, mas que me encantou ainda mais quando cheguei aos agradecimentos: "O que o vento sussurra" é uma história de pura ficção, que literalmente mergulha entre o passado e o presente. 

Depois de pesquisar mais sobre seus antepassados, a autora se inspirou tanto que criou esta história, misturando pessoas reais a personagens do seu imaginário, mas inspirados em seus familiares que ela conheceu através dessas pesquisas.

Aqui temos não só a Irlanda no passado como pano de fundo, mas também outros núcleos que nos oferece de bandeja um entretenimento completo: temos o romance de época, a viagem no tempo, a história real de Michael Collins (que me despertou a curiosidade de pesquisar mais sobre sua importância para a história da Irlanda), e também uma aula sobre a independência da Irlanda (muito embora a autora tenha evitado se aprofundar no conflito para não levantar bandeiras). Demorei mais do que o normal para finalizar a história porque eu fazia questão de ler somente um capítulo por vez (que são relativamente longos), para degustar com bastante preciosidade tanto a narrativa de Anne quanto a de Thomas, através de seus diários.

Não é um livro para relaxar. É um livro para apreciar em doses homeopáticas. Recomendo de olhos fechados.


Você também pode conferir a resenha em vídeo deste livro aqui e aqui.

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