Cecília é o oposto do que se imagina de uma pediatra ― uma mulher sem espírito maternal, pouco apreço por crianças e zero paciência para os pais e mães que as acompanham. Porém a medicina era um caminho natural para ela, que seguiu os passos do pai. Apesar de sua frieza com os pacientes, ela tem um consultório bem-sucedido, mas aos poucos se vê perdendo lugar para um pediatra humanista, que trabalha com doulas, parteiras e acompanha até partos domiciliares. Mesmo a obstetra cesarista com quem Cecília sempre colaborou agora parece preferi-lo.
Ela fará, então, um mergulho investigativo na vida das mulheres que seguem o caminho do parto natural e da medicina alternativa, práticas que despreza profundamente. Em paralelo, vive uma relação com um homem casado, de cujo filho ela acompanhou o nascimento como neonatologista. E é esse menino que irá despertar sentimentos nunca antes experimentados pela pediatra.
Sinopse da editora
Eu costumo atrair deprimidos e piorar o quadro deles. Com eles ou você fica plenamente à superfície, impávida, ou eles usarão sua cabeça como platô.
O nome desse livro devia ser A Psicopata, porque minha nossa, que protagonista perturbadíssima, terminei essa história impactada!
A narrativa acelerada que a autora adotou em primeira pessoa propõe ao leitor uma imersão ainda maior dentro da cabeça de Cecilia, uma pediatra cheia de privilégios e tão desequilibrada que chega a ser até antiprofissional em diversos momentos.
Ao mesmo tempo, o leitor também é propositalmente confundido com o que Cecilia realmente faz e com o que ela somente pensa. E é por isso que o final me chocou tanto, e muito embora li muitas resenhas de pessoas que esperavam mais do último capítulo, achei que a autora foi certeira em soltar a nossa mão na última página, e deixar que nossos pensamentos sigam para onde a gente bem quiser.
O livro é pequeno, com capítulos super curtinhos, instigando ainda mais a nossa urgência em saber o que ia acontecer.
No mais, Cecília, eu te odeio.
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