Quando você voltar, de Kristin Hannah

 



Como tantos casais, Michael e Jolene não resistiram às pressões do dia a dia e agora estão vendo seu relacionamento de doze anos desmoronar. Alheio à vida familiar, Michael está sempre mergulhado no trabalho, não dá atenção às duas filhas e não faz a mínima questão de apoiar a carreira militar da esposa.

Então Jolene é convocada para a guerra. Ela sabe que tem um dever a cumprir e, mesmo angustiada por se afastar de casa, deixa para o marido a missão de cuidar das meninas e segue para o Iraque.

Essa experiência mudará para sempre a vida de toda a família, de uma forma que ninguém poderia prever.

No front, Jolene depara com a dura realidade e precisa, mais do que nunca, recorrer à sua força e inteligência para se tornar uma heroína em meio ao caos. Em suas mensagens para casa, ela retrata um mundo cor-de-rosa, minimizando os horrores que vivencia com o objetivo de proteger todos do sofrimento.

Mas toda guerra tem um preço, e ela acaba se vendo protagonista de uma tragédia. Agora Michael precisa encarar seus medos mais profundos e travar uma batalha em nome da família.

Sinopse da editora

Nós somos o que fazemos e dizemos, não o que desejamos fazer.




Eu demoro muito para embarcar em um livro da Kristin Hannah, porque em todas as suas obras, essa mulher arrancou meu coração com as mãos e apertou entre os dedos até deixar meus sentimentos em frangalhos. Foi assim com O Rouxinol, Amigas para Sempre, e com esse título não foi nada diferente. 

Embora eu tenha odiado grande parte dos personagens, uma coisa que intriga é que Hannah tem realmente esse tato de nos tocar com personagens intragáveis. Eles são cheio de erros, que beiram o insuportável, mas é assim que ela humaniza cada pessoa que cria em seus livros. 

Hannah pelo visto adora enfiar duas complexidades em suas histórias: adolescentes terríveis e a guerra, esta última acaba entrando na história mesmo que seja de maneira breve, mas em “Quando você voltar” esses dois pontos são bastante latentes na história. 

A protagonista Jolene encarou a perda ainda na adolescência. E para se virar ainda muito nova, iniciou uma carreira militar e se encontrou nessa vida. Mas sempre trouxe para a realidade de sua familia um comportamento que camuflava completamente as suas fragilidades, a sua humanidade. E foi aí o seu maior erro, pois quando se viu indo para a guerra, sua condescendência não foi suficiente para manter a sua familia estruturada durante a sua ausência. 

Michael, o marido, do começo até metade do livro se comportou como um escroto egoísta, atitude essa que refletia e muito no comportamento de sua filha adolescente, que pra mim, foi odiável do começo ao fim do livro. Foi somente quando o homem se viu diante do medo de perder a esposa definitivamente que ele percebeu o quanto ele faltava na vida de sua família, por livre escolha. 

Este livro é extremamente reflexivo. Ele nos leva para uma porta difícil de desviar, que é pensar se damos o verdadeiro valor para o que temos. Se o que construimos pode ser apreciado da melhor maneira, ou se realmente devemos esperar coisas ruins acontecerem para tomar atitudes necessárias. É uma história cheia de dor, mágoas, revoltas e reviravoltas imagináveis, mas tocante de inúmeras maneiras.

Outras obras da Kristin Hannah que eu li:


 

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