5 de abr. de 2025

 


Quem cuida dos seus filhos quando você não está olhando? Apesar da relutância do marido, Myriam, mãe de duas crianças pequenas, decide voltar a trabalhar em um escritório de advocacia. O casal inicia uma seleção rigorosa em busca da babá perfeita e fica encantado ao encontrar Louise: discreta, educada e dedicada, ela se dá bem com as crianças, mantém a casa sempre limpa e não reclama quando precisa ficar até tarde.

Aos poucos, no entanto, a relação de dependência mútua entre a família e Louise dá origem a pequenas frustrações – até o dia em que ocorre uma tragédia.

Com uma tensão crescente construída desde as primeiras linhas, Canção de ninar trata de questões que revelam a essência de nossos tempos, abordando as relações de poder, os preconceitos entre classes e culturas, o papel da mulher na sociedade e as cobranças envolvendo a maternidade.

Publicado em mais de 30 países e com mais de 600 mil exemplares vendidos na França, Canção de ninar fez de Leïla Slimani a primeira autora de origem marroquina a vencer o Goncourt , o mais prestigioso prêmio literário francês.

Sinopse da editora

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Canção de Ninar é um daqueles livros que você ama ou odeia. Não espere uma história com começo, meio e fim - se começar a leitura sem expectativas, a possibilidade de gostar do livro é muito maior. Isso porque a autora não se preocupa em entregar respostas para o leitor, e sim motivações. Logo nas primeiras linhas do capítulo inicial já ficamos cientes de que um crime acontece, e quem cometeu tal crime. A partir daí somos apresentados aos personagens centrais, os secundários e como todos se sentiam convivendo com a criminosa. 

A cada personagem adicionado, a autora mostra em uma escrita direta acontecimentos que deixam subentendido as intenções da protagonista - não há nada mastigado e isso pode incomodar muitos leitores. Não foi o meu caso, pois gosto de me sentir desafiada a pensar além do que está escrito ali. 

Há também um outro desafio camuflado: como há diferentes criticas sociais indiretas na narrativa, somos induzidos muito sutilmente a avaliar até onde vai a nossa empatia diante das pressões sofridas tanto na vida da mãe como da babá. 

Um livro curtinho, com uma escrita que prende muito a atenção, que me fez devorar a história em pouquíssimos dias. 

30 de mar. de 2025


 
Quando Ari e Josh se conhecem em Nova York, a antipatia é instantânea.

Ari é uma comediante que tem um enorme repertório de piadas autodepreciativas e não acredita no ideal do amor romântico.

Josh é um chef ambicioso, tem uma cozinha com utensílios perfeitamente organizados e espera um dia encontrar sua alma gêmea. Os dois não têm nada em comum… a não ser o fato de estarem dormindo com a mesma mulher.

Ari e Josh seguem a vida na esperança de nunca mais terem que ver a cara um do outro. Mas o destino tem outros planos: ao longo dos anos, eles acabam se encontrando várias vezes por acaso e surge uma amizade inusitada.

Eles se divertem maratonando séries, fazendo provocações e trocando alfinetadas. É melhor do que um romance. Até que, uma noite, os limites da relação começam a se confundir...

Com um humor afiado e uma química especial, Você, de novo é uma comédia romântica moderna que celebra o amor em todas as suas formas.

Sinopse da editora

"Todo mundo precisava de alguma coisa de mim. Mas eu não podia viver uma vida em que meu único propósito era facilitar os propósitos dos outros. Você não pode ficar só esperando, deixando a vida te levar."

"Você, de novo" foi uma grata surpresa para mim. É um livro que comecei sem criar expectativa alguma, e me deparei com uma leitura deliciosa, iguais aquelas que Emily Henry nos proporciona. Isso porque a sinopse da editora não honra com a real qualidade da história - ao lê-la, tive a impressão que se tratava de uma trama bobinha, e de bobinha ela não tem nada.

A começar pelos pulos no tempo que Kate Goldbeck nos traz. Acompanhar os personagens em diferentes fases da vida no começo do livro, sem muita enrolação, faz com que você capte as informações fundamentais sem distrações: o tempo nos faz mudar, mas tem coisas que nunca mudam. 

Se apegue à isso: tem coisas que nunca mudam. Lá na frente da história isso vai fazer sentido.

Eu sou a maior fã de livros com protagonistas que todo mundo odeia com facilidade, porque elas me trazem inúmeras reflexões sobre o que EU NÃO QUERO SER, e aqui Ari foi certeira nessa missão. Ela é uma protagonista sem muita responsabilidade emocional nem com ela mesma, e foge de enfrentar esse tipo de situação fazendo piadas autodepreciativas. 

Já Josh é um cara que se apega fácil e vê sentido em relacionamentos intensos  - coisa que Ari não acredita. E é por isso que ela aposta todas as fichas nesta amizade genuína entre eles, que nasceu no momento mais solitário de ambos. Mas mesmo quando tudo comprova que o sentimento é alem da amizade, será que tem coisas que nunca mudam mesmo?

Vai ser inevitável você não sentir vontade de esganar Ari em determinados momentos da história - ou até por todas as páginas durante a sua leitura. A teimosia da personagem é de tirar qualquer um do sério mesmo. Mas a narrativa cômica da autora faz com que a sua experiência flua sem nem notar o tempo passar, o que transforma "Você, de novo" em uma história divertida sem forçação de barra. Os coadjuvantes são cativantes e divertidos, e a escrita madura da autora é um deleite para o leitor.

Essa história foi inspirada no filme Harry & Sally e traz temas como poligamia, bissexualidade, sexo e cenas picantes.



22 de mar. de 2025

 


Elsa tem sete anos e é diferente. Sua avó tem setenta e sete e é maluca – maluca do tipo ficar-na-varanda-atirando-com-uma-arma-de-paint-ball-em-homens-que-querem-falar-sobre-Jesus. Ela também é a melhor e única amiga de Elsa. Todas as noites, a menina se refugia nas histórias da vovó, na Terra-dos-Quase-Despertos e no reino de Miamas, onde todo mundo é diferente e ninguém precisa ser normal.

Quando a vovó morre e deixa uma série de cartas pedindo desculpas a todas as pessoas com quem já errou, tem início a maior aventura da vida de Elsa. As cartas da vovó a conduzem por um prédio repleto de bêbados, monstros e cães bravos, mas também a levam a descobrir a verdade sobre contos de fadas, reinos e a melhor avó que já existiu.

Minha avó pede desculpas é contado com a mesma precisão cômica e emoção características do autor best-seller de Um homem chamado Ove. É uma história sobre vida e morte, família e amizade, realidade e fantasia, e sobre um dos direitos humanos mais importantes: o de ser diferente.

Sinopse da editora




“Porque nem todos os monstros são monstros desde o inicio, alguns nascem da tristeza”

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Cada livro que leio de Fredrik Backman eu me torno cada vez mais fã do autor. Suas obras sempre caprichadas de diálogos envolventes, que enriquecem suas histórias de maneira ímpar (até mesmo porque ele fala sobre vidas comuns de uma maneira muito deliciosa de acompanhar) são um bálsamo para a nossa experiência como leitor. Eu me arrisco a dizer que ele escreveu “Gente Ansiosa” pensando em quem não curte muito o seu trabalho, porque realmente, Fredrik Backman não escreve histórias para leitores ansiosos. 

Isso porque o autor não tem pressa alguma para desenvolver os seus personagens. Em muitos momentos da história, é comum até sentir raiva de grande parte deles - em alguns livros, você facilmente se irritará com todos os seus personagens - mas até isso é proposital. É assim que Fredrik te pega no pulo para te esfregar na cara “não julgue alguém sem antes conhecer a sua verdadeira história”. Ele sempre nos comprova que grande parte das vezes cada atitude irritante de alguém esconde uma bagagem. 

E é assim que em doses homeopáticas e com um humor bastante peculiar (nada escancarado, mas muito bem articulado e de maneira que até chega a ser inocente) ele vai nos apresentando a verdadeira versão de seus protagonistas e coadjuvantes, muitas vezes até abusando de elementos surpresas aqui e ali que trazem um quentinho a mais no coração durante a leitura, fazendo com que a sua narrativa, sempre em terceira pessoa, mas com um Q de proximidade entre narrador e personagens muito agradável, seja tão curiosa quanto envolvente. 

Em “Minha Avó Pede Desculpas” o autor usa destes mesmos artifícios. Fredrik passa praticamente metade do livro nos apresentando a amizade entre uma avó e sua neta, com riquíssimos detalhes das histórias lúdicas que a avó criava para Elsa (a neta), para ajudá-la a dormir nos dias mais insones. E esse mundo de fantasia é algo que pode deixar muitos leitores impacientes, mas quem não abre mão de uma boa história, deve lutar contra essa ansiedade, pois tudo isso faz muito sentido e tem grande importância para a história. Aliás, são os detalhes desses contos que vão trazer inúmeras respostas não mastigadas para o leitor. 

E como ele poderia fazer diferente se a ideia ali era realmente transmitir o quanto essa amizade entre as duas personagens era intensa e magnífica? Não dá para falar de intensidade somente em dois capítulos. Afinal de contas, é essa magnitude que justifica todas as atitudes da avó até o último capítulo desse livro. 

“Elsa é o tipo de criança que aprendeu cedo na vida que é mais fácil passar pelas coisas se a gente pode escolher a própria trilha sonora” 

A outra metade do livro é quando a missão de Elsa, dada pela avó, é colocada em prática. Antes de morrer, a avó pede a ela que saia à caça de cartas que ela precisa entregar a diferentes destinatários. Em todas elas, há um pedido de desculpas. E assim, através dos olhos de Elsa, vamos sendo apresentados às histórias de cada um desses coadjuvantes, que farão total diferença na vida da menina, e na nossa também. 

É uma delicia acompanhar a evolução dessa narrativa, porque ela não aparenta te prometer nada, mas te entrega tudo. É uma forma de mostrar que há muito o que ser apreciado na simplicidade, no ordinário. É a forma como Fredrik Backman encontrou de falar sobre dores, motivações e superações sem precisar parecer palestrante. E neste livro, especificamente, ele nos mostra como pequenos gestos pode melhorar a vida das pessoas, que a bondade não tem cara e nem maneira certa de se comportar, e que muitas vezes, ela é praticada nos bastidores porque a bondade honesta não precisa de plateia.


Outras obras do autor que já resenhei por aqui:

Gente Ansiosa - resenha no TikTok e Instagram
Gente Ansiosa a série no TikTok e Instagram

15 de fev. de 2025

 


Anna tem 37 anos, está separada do marido e as dívidas não param de aumentar. Ela se desdobra para manter o trabalho como garçonete em um restaurante e sustentar as filhas, Chloé e Lily, com quem encontra apenas no café da manhã.

Chloé tem 17 anos. Uma adolescente cheia de sonhos prestes a desistir deles. É por meio de seu blog que vamos conhecendo melhor seus planos e desilusões. Lily, 12 anos, está com problemas na escola e o único a saber disso é Marcel, seu diário, e seu ratinho, batizado com o mesmo nome do pai, Mathias, que abandonou o barco quando ela tinha 5 anos.

Quando Anna se dá conta de que suas filhas não estão bem, ela toma uma decisão inesperada: levá-las em um motorhome, rumo aos países da Escandinávia, para ver a Aurora Boreal.

Uma história emocionante sobre as relações familiares, os encontros e desencontros de gerações e, acima de tudo, sobre o amor.

Sinopse da editora

"Ao longo da vida, sempre julgamos aquilo que acontece conosco, nos alegramos ou nos entristecemos. Mas só no fim saberemos se havia motivo para alegria ou tristeza. Nada está fixo, tudo muda. Não fique triste hoje, porque o que aconteceu com você talvez resulte em grande alegria". 

Este foi meu segundo contato com a obra da autora Virginie Grimaldi, e ainda não encontrei defeitos em nenhuma de suas páginas, muito pelo contrário. É o segundo livro que me enche de reflexões e ensinamentos importantes na hora mais oportuna. Parece que você sente que é a hora de ler um determinado livro dela. 

Foi nessa frase que eu tive a certeza disso: "a vida se tornou uma adversária, você precisa fazer dela uma aliada".

A leveza que a autora traz em suas histórias é impressionante. Ela consegue falar de temas tristíssimos como violência, sobrecarga, ausência paternal e tantas outras dores do cotidiano sem acabar com a tua raça. Aqui nós temos o alívio cômico trazido por Lily enquanto precisamos conhecer todas as batalhas hormonais da adolescente Chloe. A forma inspiradora de viver um dia de cada vez de Anna é um presente para avaliarmos nossas ansiedades e anseios, assim como ela. E conhecer tantos lugares junto com as personagens deixa a leitura tão acolhedora que dá até vontade de fazer o mesmo que elas.

"É preciso estar atento, mas não deixar o filho pensar que é o centro do mundo; é preciso agradá-lo sem torná-lo indiferente; é preciso balancear a sua alimentação sem privá-lo; é preciso lhe dar confiança, mas garantir que continue humilde; é preciso ensiná-lo a ser gentil, mas não a se deixar passar por cima; é preciso explicar-lhe as coisas, mas não se justificar; [...] é preciso ensinar-lhe autonomia e estar presente; é preciso ser tolerante, mas não permissivo..."

Outro ponto delicioso na leitura é ver o quanto Anna é uma mãezona, sem precisar ser perfeita. A maneira como ela lida com as explosões de revolta da Chloe é de um autocontrole admirável. O quanto ela respeita a forma como Lily encara o mundo de maneira divertida e diferente. É uma história incrível que merece ser lida por todos os pais que se sentem inseguros com a educação de seus filhos. 

Claro que sempre há um fator surpresa nos livros de Grimaldi, como se fosse uma cobertura especial no sorvete. Algo que você jamais imaginaria enquanto lê uma história simples e cheia de nuances inspiradoras. É um livro que recomendo de olhos fechados para pais e filhos. 


Outras obras da autora que já resenhei:

8 de fev. de 2025

 




Listado como um dos 50 melhores livros de terror de todos os tempos pela revista Esquire, esta trama chocante vai tirar você do lugar comum e fazer você surtar. Esta é a história de Ted Bannerman, um homem com problemas de memória, que vive com a sua filha adolescente Lauren, e sua gata Olívia, em uma casa comum, no final de uma rua sem saída. Ted costuma beber sozinho em frente à TV e já foi interrogado pela polícia quando uma menina desapareceu por ali, há onze anos. Quando Didi, a irmã da menina desaparecida resolve se mudar para a casa ao lado, o que está enterrado há bastante tempo pode voltar para assombrá-los. Um thriller de suspense aterrorizante que envolve um assassinato, uma criança sequestrada... e uma terrível vingança.

Sinopse da editora

Esse livro faz jus a frase de que "nem tudo o que parece, é", em todos os sentidos que você possa imaginar. A história pode parecer um suspense, quando na verdade a autora utiliza o suspense para falar sobre algo muito maior. É um livro que fala sobre violência, sobre traumas, e principalmente sobre sobrevivência. Mas não dá para explorar muito sobre os temas abordados, justamente para não dar spoiler.

O que posso dizer é que eu pesquei desde o início sobre o que se tratava, sobre a natureza de Ted e suas motivações, mas há uma série de outros fatores surpresa durante a trama que nem passa por nossa cabeça enquanto fazemos a leitura. 

Entendo quem teve dificuldade para se apegar ao livro no começo, pois não é uma narrativa fácil. Os capítulos em primeira pessoa são intercalados com as narrativas de Ted, Olivia e Didi, e quando tudo começa a fazer mais sentido, a narrativa de Lauren também entra na história. E por se tratar de personagens que se parecem até um pouco lúdicos, suas respectivas maneiras de contar seus pontos de vista não seguem um padrão que estamos acostumados, nos fazendo questionar o tempo todo se aquilo que estamos lendo é real ou não. Mas acredite: é uma leitura que vale cada segundo do seu tempo.

O posfácio do livro traz uma mensagem da autora bastante necessária. Foi o que me deixou ainda mais admirada pelo seu trabalho e por sua obra. E como leitora, me levou a reflexão de como é importante a prática da empatia e compreensão. 

Eu falei muito mais sobre este livro em meu canal do Youtube:

1 de fev. de 2025

 


"Tudo começou numa viagem pelo interior do Japão. 
Eu, encantada, escrevia pra casa para dar notícias e passei a escrever também a uma amiga que morava em Tóquio. Achando graça do meu entusiasmo, ela dividia os textos com seus familiares para rir um pouco da paixonite aguda desta valquíria gaúcha pelos delicados e sutis japoneses. A viagem acabou, mas a família dela, – meio japonesa, meio brasileira –, continuou a pedir mais. E assim fui contando mais de tudo o que ia me despertando paixões pela vida. 
Inventei de fazer longas peregrinações sozinha pelo Oriente; de encarar uma cavalgada no Marrocos com mais duas mulheres; de me enfiar na F1 até rasgar os fundilhos das calças; de experimentar massagens por onde andasse; de não ter limites entre os bichos e eu; de guardar em mim o cheiro, o barulho e o sol na minha pele de criança… e fui inventando moda por mais que meus pais me pedissem: não inventa, Mariana! 
Mas eu invento, e eles gostam."
Sinopse da editora


Eu, particularmente, tenho esse prazer. O de me misturar, experimentar o que não é meu. Em todos os lugares por onde ando, tento deixar o novo mundo entrar. Os novos valores, novos hábitos, novos ritmos.

Um autor, quando escreve um livro, tem em suas mãos diferentes formas de nos apresentar a sua narrativa. E geralmente, a primeira coisa a ser pensada ao colocar em prática uma ideia, é pensar na sua proposta. O monólogo de um escritor para o seu leitor tem como principal regra não entediar o público, já que ele precisa, como o ar que respiramos, prender a atenção do começo ao fim. Um livro abandonado é uma decepção para quem o escreve e para quem o lê, portanto, esta regra primordial precisa ser levada muito em conta.

Nem todos os autores conseguem fazer isso. Mas Mari Becker consegue.

Existe um grande risco ao publicar um livro diário de viagens. As vezes aqueles acontecimentos foram legais ou especiais somente para o viajante, e não para o leitor. Mas o que pode mudar tudo em um acontecimento comum é a forma como ela é narrada. A perspectiva que o escritor decide incluir na sua escrita. Falar que o protagonista de uma história conheceu velhinhos em uma praia é um acontecimento muito comum, mas falar que conheceu velhinhos na praia, o quanto foi difícil a comunicação e aproximação, e como o personagem mudou em relação a isso, transforma o comum em inspirador. Nem todos conseguem fazer isso, mas Mari Becker consegue.

Não inventa Mariana transporta a gente para diferentes países, nos leva na bolsa da Mari para todos esses causos comuns que lhe deram uma perspectiva singular da vida. Que transformaram a Mari não só nessa jornalista brilhante que conhecemos, mas também em um ser humano que enxerga a beleza no simples. E nada disso precisou ser contado em palavras poéticas - ela só se expressou sinceramente. É por isso que Mari Becker consegue.

Ao fim do livro, chegamos em sua casa junto com ela. Como é bom chegar em casa depois de uma longa viagem, né? Mas melhor mesmo é voltar para a casa que sempre foi o seu lar afetivo - a casa dos pais. Uma singela temporada de Natal narrada por ela é possível encher o seu coração de amor, afeto, saudade e carinho enquanto você lê os capítulos finais.

Outras marcações feitas durante a minha leitura:


"Os pilotos [de Fórmula 1] não falam de medo, não pensam muito nos riscos, na morte. Segundo eles, se refletissem demais, não correriam."

"Um turista comum diria: “Já fiz tudo o que este lugar oferece”. Mas isso é de uma pobreza de pensamento, de sentimento!"

"Às vezes, precisamos ir para bem longe para sermos pegos de surpresa por coisas legais que sempre estiveram perto da gente."

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